Vereadores vistoriam obras abandonadas

No local funcionou a Maternidade Silvério Fontes

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Há cerca de um ano, o prefeito anunciou a reforma do edifício o­nde funcionou a maternidade municipal Silvério Fontes, implantada pelo prefeito David Capistrano (PT), situado na Rua Barão de Paranapiacaba, 241, bairro Encruzilhada. A promessa foi de transformar em modelo de humanização da saúde pública, o prédio abandonado pela Prefeitura e semi-destruído pela construção da sede da empresa marítima MSC.

Para avaliar os resultados das obras e conhecer os novos serviços que deveriam ter sido implantados na edificação, os vereadores do PT, Adilson Junior, Telma de Souza e Cassandra, líder da bancada, estiveram vistoriando o local neste dia 17/8, quando foram recebidos de maneira atenciosa por alguns funcionários da Secretaria Municipal de Saúde.

Porém, os parlamentares ficaram surpresos ao constatar que, dos cinco andares, apenas o andar térreo está realmente reformado e em uso. Apenas a central do telefone 192 estava em funcionamento, e não um SAMU Regional, anunciado para atender conjuntamente a Guarujá e Bertioga.

Já nos andares acima, foi constatado estado de abandono, com pequenos remendos executados. As condições do prédio, evacuado subitamente em 2007, para viabilizar a obra da MSC, continua em estado de degradação, com sinais evidentes de infiltração, problemas no telhado e várias outras deficiências de infraestrutura, assim constatou a comissão.

"Na verdade, a maioria dos serviços que o prefeito anunciou para o local não foi implantada, como o Programa de Internação Domiciliar (PID), o Programa de Atendimento Domiciliar (PAD), a Central de Vagas, a Central de Regulação do SUS, a Central de Vacinas e os arquivos. A propalada reforma que seria feita às expensas da MSC, não foi confirmada, com exceção do andar térreo e da fachada. Como o ditado, por fora bela viola", disse Cassandra.

Cassandra disse que no subsolo foi encontrada, ainda, sem uso, uma potente moto, que seria uma das "motolâncias" doada pelo Ministério da Saúde (Governo Federal), em abril deste ano. Afirmou ainda que os logotipos que identificam o SAMU Nacional estavam meticulosamente tampados por plástico preto, a titulo de proteger a moto, mas com o claro intuito de escondê-los.

Ao questionar a situação do prédio, os vereadores foram informados de que o restante da reforma ainda será licitada, e que a referida moto espera uma outra, também, do Governo Federal, para serem usadas de forma simultânea.

Em seguida, a Bancada petista dirigiu-se para a garagem da Prefeitura, o­nde, estão sem uso, quatro ambulâncias do programa SAMU Nacional, zero quilômetro e equipadas. "As ambulâncias, entregues pelo Presidente Lula no final de março, até hoje estão sem uso. Por incrível que pareça a chefe da unidade responsável pelo serviço alegou "falta de pessoal" para colocar em funcionamento as ambulâncias", alegou Cassandra.

Assessoria de Imprensa
Gabinete Vereadora Cassandra Maroni Nunes