Vereadores detectam problemas em escolas

Vistoria foi feita por Comissão. Confira

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Falta de professores, funcionários e de segurança e infra-estrutura inadequada foram alguns dos problemas detectados na primeira vistoria às escolas públicas de Santos, iniciada hoje (24/03/09) pela Comissão Permanente de Educação da Câmara de Vereadores. A inspeção passou pelas escolas Mário Alcântara, na Vila Mathias, e Andradas, no bairro de Aparecida. Em ambos os casos, vários foram os problemas relatados pela direção e corpo docente.
 
As vistorias foram decididas em atedimento a constantes denúncias e pedidos de munícipes e prosseguirão na próxima semana. A comissão é presidida pela vereadora Telma de Souza (PT), que realizou a visita acompanhada do vice-presidente, Braz Antunes Matos (PPS). "A cada sessão da Câmara um vereador se queixa de uma escola. Na segunda-feira foi a vez do Arlindo Barros (PSDB), que falou da escola Magali Alonso (Morro do São Bento). Vamos reunir dados e encaminhar à Secretaria de Educação - Seduc e ao prefeito, para que sejam tomadas as providências. As nossas crianças merecem", disse a vereadora.
 
Na escola Mário Alcântara a situação é crítica. A unidade foi deslocada do bairro do Valongo para o Centro de Capacitação Darcy Ribeiro, na Vila Mathias. Um prédio novo será construído no local original. Na nova sede a improvisão é uma marca. Faltam banheiros masculinos, tanto para professores quanto para funcionários. Só há porteiro pela manhã. À noite, há problemas de iluminação e segurança. Alunos passam para um terreno ao lado e consomem drogas. A ausência de um muro permite que, de dia, crianças tenham acesso ao terreno lateral, em situação de risco. Não há sala de professores, parte da biblioteca está em um corredor e faltam inspetores em número adequado. "Trabalhávamos com duas equipes e aqui só estamos com uma", disse a diretora Renata Paulino da Silva, que assumiu este ano.
 
Na Escola dos Andradas a situação não é muito diferente. A unidade atende crianças de zero a cinco anos e foi municipalizada este ano, mas faltou planejamento, segundo a direção local. Faltam chuveiros nos banheiros; um pequeno parque tem brinquedos que oferecem risco e o refeitório é aberto, com pombos invadindo permanentemente o local. "Eles vêm bicar a comida das crianças. É um risco. Todo mundo sabe que estas aves transmitem doenças", disse a diretora Margareth Carvalheiro Pinto, acrescentando que há ainda ratos e baratas.
 
Segundo a direção da escola, a unidade tinha onze funcionários para a limpeza e agora tem apenas dois. "As crianças são pequenas, elas engatinham. É complicado entregar as crianças para os pais, sem banho e com as roupas sujas", afirmou a diretora. Também faltam nove volantes (monitoras). Em pelo menos duas salas, para a hora do sono, cadeiras e carteiras têm de ser empilhadas para permitir que se estendam os colhonetes.
 
Em ambas as escolas vistoriadas a direção afirmou que já fez várias solicitações à Secretaria de Educação, sem no entanto, obter solução para os problemas. Na Mário Alcântara, que atende mais de mil alunos, uma docente afirmou que se for colocada apenas mais uma criança na escola, ela irá pessoalmente à Seduc protestar. "É muita responsabilidade", afirmou. Uma inspetora afirmou temer pela sua segurança.
 
Para a vereadora Telma de Souza, além da desatenção com as reivindicações da direção das ecolas, está havendo uma visível falta de manutenção dos equipamentos. "Vamos detectar os problemas e vamos fiscalizar, mas o poder de mudar esta situação é da Seduc e do prefeito. Nós vamos cobrar".

Comissão tamb´me vê problemas na Escola Maria Patrícia
Faltam funcionários e não há manutenção adequada
 
A Comissão Permanente de Educação da Câmara de Vereadores constatou também no dia (26/03/09) vários problemas na Unidade Municipal Maria Patrícia, no Saboó, em Santos. Também foi visitada a unidade estadual Prof. Suetônio Bittencort Jr, no bairro de Aparecida. Na escola municipal foram vários os problemas encontrados, desde a falta de funcionários à ausência de manutenção periódica.
 
A série de visitas técnicas visa dar resposta a constantes pedidos e reclamações de munícipes. A comissão vai elaborar um dossiê e encaminhar à Secretaria de Educação - Seduc, cobrando providências. Estiveram nas escolas a vereadora Telma de Souza (PT), presidente, e Braz Antunes Matos (PPS), vice-presidente. "Vamos reunir dados e fazer um arrazoado, encaminhar ao prefeito e à Seduc e vamos agendar uma audiência pública para sabermos porque as escolas estão nestas condições. Com um orçamento de mais de R$ 1 bilhão, isto não é possível", afirmou a parlamentar.
 
Na UME Maria Patrícia, que atende crianças de três a seis anos, faltam volantes (auxiliares de professoras). A consequência é que pelo menos uma das turmas do período integral volta para casa sem banho. Os pais reclamam, mas não há o que fazer, explicam as coordenadoras. Há muitos problemas decorrentes da falta de mantuenção, como alagamento em dias de chuva, caixa metálica para mangueira enferrujada, portas deterioradas, telhas quebradas, fios elétricos expostos, ralos inadequados, locais que oferecem riscos e vários outros itens. Uma casinha de boneca virou depósito de ferramentas, uma vez que o local está interditado. Várias já foram as solicitações por uma solução, informaram as funcionárias.
 
Na Escola Suetônio Bittencourt, o maior problema decorre das infiltrações no teto, com muitas áreas com o reboco caindo. Há muita fiação exposta e um ventilador chegou a queimar. A unidade, porém, está em obras. A direção informou que uma reforma no teto foi feita de maneira errada no ano passado, dando origem a vários outros contratempos. Os problemas foram minimizados, uma vez que já estão sendo reparados. Nesta semana já haviam sido visitadas as unidades municipais Mário de Alcântara, funcionando na Vila Mathias, e a Escola dos Andradas, em Aparecida.

Maurici de Oliveira
Assessor de Imprensa - MTB 21503
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