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Vereador repudia espetacularização pela imprensa

Parlamentar comenta caso do professor Lívio

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“Não conheço o professor Lívio, mas gostaria de oferecer-lhe o benefício da dúvida. Pelo que li e assisti pela TV, e pela reação da comunidade a seu favor, ao que parece não houve de sua parte uma intenção criminosa.” Essa observação foi feita pelo vereador professor Reinaldo Martins (PT) na tribuna da Câmara na sessão de quinta-feira (24/02), ao criticar a exposição exagerada do caso por parte da imprensa.

O professor Lívio é acusado de apologia ao crime por aplicar exames contendo questões que abordavam tráfico de drogas, homicídio e prostituição em aulas do 1º ano do Ensino Médio na Escola Estadual João Octávio dos Santos, no Morro São Bento, em Santos. O caso tornou-se público quando a mãe de uma aluna ao ver a lição da filha procurou a diretoria da escola e posteriormente a Polícia Civil. O educador foi afastado do cargo.

“Faço aqui uma crítica honesta ao modo como a imprensa tem tratado o caso, criando a expressão ‘aula do crime’. Assuntos dessa natureza, somente em último caso, deveriam parar na Polícia. Assim como aqui nesta Casa discutimos temas de interesse da sociedade, no caso da educação os assuntos de interesse pedagógico devem ser tratados no ambiente escolar, sob análise do conselho de escola e com a participação da comunidade”, advertiu Reinaldo.

Reinaldo, que também é professor e preside a Comissão de Educação da Câmara, ponderou que hoje só de manter-se professor da rede estadual, com o salário praticado atualmente pelo Governo de São Paulo, aceitando lecionar em áreas de difícil acesso e com problemas dos mais diversos, já é uma atitude que merece consideração.

Conforme o vereador, o ato de lecionar é uma tarefa cada vez mais difícil nos dias de hoje e o que se percebe é que o professor estava tentando ensinar, não o crime, mas os conceitos da Matemática, porém sob uma abordagem ‘questionável’, o que não quer dizer, argumentou Reinaldo, que está induzindo o aluno ao crime. Para ele, Lívio pode ter sido mal interpretado e a exposição exagerada do caso pode destruir a sua carreira e sua vida.

“Existem correntes pedagógicas das mais variadas, nenhuma com a razão completa, e uma delas é a do construtivismo, adotada oficialmente pelo Estado e pelo Município, que rege uma abordagem de ensino a partir da realidade do aluno. Neste caso, ao que tudo indica, o professor estaria abordando uma realidade que, no seu entender, é a vivida por esses alunos. Não conheço essa realidade, mas o que se lê nos jornais é que ela existe”, disse Reinaldo.

“Conhecendo o método de ensino, a meu ver o tema daria início a toda uma discussão que não se limitaria em ensinar as operações matemáticas, mas sim cumprir um dos objetivos da educação, que é o da formação cidadã. Se o estudante não sai da sua realidade para discutir e ampliar o seu horizonte, a sua capacidade de análise e argumentação, então escola não teria função”, finalizou o parlamentar.

Gabinete do vereador professor Reinaldo Martins (PT)
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