Vereador pede tombamento do Casarão Branco

Requerimento foi apresentado na Câmara

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O vereador José Antonio Marques Almeida (PDT), o Jama, entrou com pedido de tombamento da construção que hoje abriga a Pinacoteca Benedicto Calixto, na Câmara Municipal de Santos, na sessão da última segunda-feira 04/08/08.

Jama justifica a medida porque a construção, datada de 1900 e localizada a avenida Bartolomeu de Gusmão, nº 15, é um dos últimos exemplares de moradia dos barões do Café, não só na cidade de Santos, mas do Brasil. “Estranho que o Casarão Branco, como também é conhecido o imóvel, ainda não conste da relação de bens tombados do Condepasa (Conselho de Defesa do Patrimônio Cultural de Santos)”, observa o parlamentar, que, em 2005, apresentou trabalho com a mesma solicitação.

Para o vereador, como o Condepasa tem como objetivo cuidar da preservação dos bens culturais e naturais da cidade, nada mais lógico do que tombar uma construção que significa garantir a história econômica, social, cultural, artística e arquitetônica de Santos. “O Casarão branco faz parte da nossa história. A construção dela foi uma inovação. Ela foi uma das primeiras casas construída totalmente isolada. Na época, em Santos e mesmo em outras cidades, como Rio de Janeiro, a maioria das residências era geminada”.

No requerimento, Jama solicita ao Condepasa que inicie de imediato o processo de tombamento e preservação do imóvel que abriga a Pinacoteca Benedicto Calixto e do respectivo terreno à sua retaguarda. Ainda no trabalho, o vereador quer que o processo de tombamento seja informado ao Condephaat – Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico – e ao  IPHAN – Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional.

A história

A casa foi construída por um alemão, Sr. Dick, em 1900. A casa foi vendida mobiliada para Francisco da Costa Pires, exportador de café, que se mudou com esposa e sete filhos.

O estilo arquitetônico da casa é eclético, e a decoração interna é arte noveaux. A escada é de mármore italiano (Carrara) e o corrimão de ferro maciço confeccionado pelo Liceu de Artes e Ofícios de São Paulo.