Foi realizada a audiência pública na sede da Sociedade de Melhoramentos do Morro da Nova Cintra sobre a desativação da Base Comunitária no local. O encontro foi realizado por intermédio da Comissão Permanente de Segurança da Câmara Municipal de Santos, presidida pelo vereador Antonio Carlos Banha Joaquim (PMDB) e integrada pelos vereadores Arlindo Barros (PSDB) e Odair Gonzalez (PR).

Durante a audiência, o Capitão Gitirana, representando o Tenente Coronel PM Comandante Armando Bezerra Leite, disse que o pedido da desativação veio da Secretaria de Segurança, através da Secretaria de Ação Social. Segundo informações, o número de efetivo no morro não era o suficiente "Não havia sensação de segurança, somente para os vizinhos que residem próximo ao local do posto", diz.

O coordenador da Regional dos Morros, Luiz Bezzi, diz que vai ser implementada uma Base Móvel que percorrerá todas as áreas dos morros. Ao ser indagado sobre o fato de não ter avisado à comunidade sobre a decisão de desativar o local, Bezzi admite erro "Foi falha minha. Eu deveria ter colocado faixas em frente ao posto e avisado o vereador Arlindo Barros, que reside na Nova Cintra".

Ainda sobre a questão da segurança, o Capitão informou que a PM não tem condições de reativar a Base Comunitária, mas defende a viatura móvel "A Base Móvel vai movimentar em todo o morro, ou seja, vai ter melhor locomoção para segurança e prevenção, tudo isso funcionando 24 horas".

Ao ser questionado pelos moradores, o Capitão foi cobrado pelo fato de não aparecer uma viatura móvel na última semana, além de, segundo os moradores, após a desativação da Base Comunitária, o número de vandalismo aumentou na Nova Cintra "Se o número de ocorrências crescerem, a PM vai analisar e poderá tomar outras medidas de prevenção". Para o vereador Arlindo Barros, a resposta é absurda "Então vão esperar os problemas aumentarem para remediar? Com a Base Comunitária no local, não há a necessidade disso, já estariam fazendo o trabalho de prevenção", diz o parlamentar.

O Capitão Gitirana informou que o veículo para a utilização da Unidade Móvel ainda não foi comprado, o que causou espanto para o vereador "Até ter a licitação, o pessoal do morro só vai ver esse veículo, no mínimo, daqui a 6 meses". A previsão é que a Base Comunitária Móvel seja entregue no dia 26 de janeiro.

Sobre as reclamações dos munícipes que, após o fechamento da Base Comunitária, a polícia demora cerca de 1 hora para chegar aos morros, o Capitão reconhece o erro "Infelizmente o telefone 190 não supri a demanda de atendimento, o que prejudica, em alguns casos, a rápida prevenção".

Ao final da audiência, Barros entende como positiva a participação da comunidade. "A população reclamou, cobrou, fez o seu papel. Mas não vamos parar por aqui. Vou continuar lutando pela segurança dos morros", diz o vereador.