Vereador aposta no fim das sacolas plásticas

Empresários estão aderindo à medida

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O vereador Manoel Constantino (PMDB) manifestou na sessão do dia 13/09/10 a convicção de que a Lei nº 2.684/10, que proíbe o uso de sacolas de plástico comum pelo comércio santista, entrará em vigor normalmente, ao contrário do que pretende o Sindicato da Indústria de Material Plástico do Estado de São Paulo (Sindiplast), que acionou a Justiça contra a medida e teve deferida liminar suspendendo temporariamente o efeito da lei. Para o vereador, autor do projeto que deu origem à nova legislação, o fim das sacolas plásticas é medida altamente positiva, tanto que vem sendo adotada em vários outros lugares, com evidentes benefícios ao meio ambiente, e em Santos começa a ser adotada por vários empresários.

A Procuradoria Geral do Município vai tentar derrubar a liminar concedida pela Justiça, para que o uso das sacolas comece efetivamente a ser proibido a partir de outubro.

“Essa lei precisa entrar em vigor, porque as sacolas de plástico comum são hoje um dos maiores males contra o meio ambiente”, disse o vereador. Em sua opinião, o fato de alguns empresários já estarem banindo as sacolas plásticas mostra que o comércio de um modo geral está se conscientizando de que o uso dessas embalagens só causa prejuízos. Constantino foi informado de que vários comerciantes atacadistas também já não estão mais usando essas sacolas, “o que demonstra que esse é um movimento sem volta, um movimento pela preservação ambiental”.

Conscientização

Neste final de semana, o próprio vereador constatou que o supermercado Assaí está incentivando os consumidores a evitarem as sacolas de plástico comum, passando a usar ou caixas de papelão ou sacolas retornáveis. Os avisos são feitos pelo sistema de som que anuncia ofertas de produtos. Constantino recebeu a informação de que idêntico procedimento está sendo adotado pela rede Extra de supermercados, o que significa adesões de empresas de peso à campanha contra as sacolas plásticas.

Na semana passada, dois outros empresários santistas se anteciparam à lei e anunciaram não estar mais usando sacolas de plástico comum. César Alves Malaco, proprietário da Superbancas (Aparecida) e a Perfumaria Sumirê (no Centro) fizeram parceria para deixar de usar as sacolinhas convencionais, passando a distribuir sacolas biodegradáveis ou vendendo sacolas reutilizáveis.

Eles são amplamente favoráveis à proibição, pelos prejuízos causados ao meio ambiente. César Malaco faz questão de chamar a atenção para o fato de que as sacolas biodegradáveis possuem várias vantagens, entre elas poder ser recicladas e ser fabricadas a partir de plásticos recicláveis. “Após começarem a degradar, podem ser destinadas à compostagem, pois não emitem metano na decomposição. São produtos testados e aprovados para contato com alimentos pela União Europeia”, ressalta.

Gabinete do Vereador