Representando a Liga Gourmet, o empresário José Paiva utilizou a Tribuna Cidadã nesta quarta-feira (dia 2 de maio) para falar do apagão de mão de obra que o setor da gastronomia está enfrentando. Proprietário de um restaurante na cidade, ele explicou aos vereadores que para suprir a demanda os estabelecimentos estão importando trabalhadores de outros estados e países, em especial da Argentina, do Uruguai e do Paraguai.

Segundo Paiva, faltam cerca de 400 mil profissionais no setor da gastronomia em todo o país, sendo 250 mil garçons. Os dados são da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes.

Para mudar esta situação em Santos, e também aprimorar o atendimento e a qualidade dos serviços prestados aos clientes, proprietários de restaurantes e bares do município voltaram à sala de aula. Eles discutem problemas e buscam soluções. A iniciativa integra um projeto do Sebrae – Circuito Turístico Costa da Mata Atlântica - em parceria com a Liga Gourmet. A proposta tem foco nas oportunidades previstas para a região: Copa do Mundo e turismo de negócios baseados no pré-sal, no polo petroquímico e no porto.

Segundo Paiva, o trabalho piloto de capacitação dos empresários teve início em novembro, com uma avaliação dos integrantes da Liga Gourmet. O Sebrae visitou todos os estabelecimentos para aplicação de um autodiagnóstico com 100 quesitos do ponto de vista da qualidade e prestação de serviços. Pela iniciativa, o empresário agradeceu o Sebrae “que tem dado apoio para que tudo isso esteja acontecendo”.

Paiva ainda aproveitou a oportunidade para lembrar que o Sindicato dos Hotéis e Restaurantes da Região está promovendo cursos para formação de ajudante de cozinha, cozinheiro, garçom, camareira e bartender.

Como participar

A Tribuna Cidadã está prevista no inciso VI do artigo 76 do Regimento Interno. Sua utilização é permitida a qualquer cidadão “que comprovadamente represente uma entidade ou organização popular, devidamente registrada e com sede no município, previamente inscrito em livro próprio, pelo tempo de cinco minutos, durante os dez minutos, do expediente, nas sessões ordinárias de segunda-feira”.

É vedada a fala de representantes de partidos políticos, candidatos a mandatos eletivos e aos munícipes que já tenham participado num período inferior a seis meses.

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