A vereadora Telma de Souza, líder do PT na Câmara de Santos, acaba de enviar mensagem à Secretaria Municipal de Segurança e à Guarda Municipal, pedindo que não sejam cometidos excessos no tratamento à população de rua. Telma foi motivada após ter sido informada de um ato de violência contra duas pessoas que dormiam numa calçada, nesta tarde, na Rua Cláudio Doneux, no Gonzaga, em Santos.

Na última sessão da Câmara (14/12) Telma já havia se pronunciado a respeito, alertando para equívocos que podem ser cometidos ao se adotar uma campanha denominada Tolerância Zero. “A questão dos moradores de rua não é caso nem de polícia, nem de truculência, mas sim de uma ação social integrada, e se estas pessoas vão ser varridas de Santos para não desencantar os pruridos das pessoas que têm como sobreviver, acho isso uma péssima política que se traz para a cidade”, afirmou.

Na mensagem desta tarde à Secretaria Municipal de Segurança e à Guarda Municipal, Telma faz um apelo humanitário para que não se use de truculência com pessoas impossibilitadas de se denfender.

Veja trechos do documento:

“Tem a presente a finalidade de reivindicar a esta corporação, à frente de uma campanha intitulada Tolerância Zero, que equívocos e excessos não sejam cometidos, e que as políticas públicas voltadas à população de rua não sejam baseadas em atitudes truculentas. Nos motiva fazer este apelo humanitário, um fato presenciado ainda há pouco, entre 16h00 e 16h30, na Rua Claudio Doneux, em Santos, onde dois homens de rua dormiam na calçada. Dois guardas municipais se aproximaram dos mesmos e os acordaram aos chutes”.

“Antes de usar de violência com tão desprotegidas pessoas, seria necessário saber qual o motivo de estarem nas ruas, ou ainda, oferecer-lhes melhor lugar para ficar. De fato, uma verdadeira política pública de Ação Social deveria primar por estabelecer vínculo com estas pessoas, tratando-as como cidadãs plenas de direitos, proporcionando-lhes orientação e encaminhamento aos serviços públicos”

“Diante do exposto, solicito a imediata revisão dos procedimentos que, a se repetirem, certamente terão repercussão negativa na mídia e ensejarão medidas do ponto de vista da Defesa dos Direitos Humanos”.

Assessoria de Imprensa
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