A vereadora Telma de Souza, líder do PT, considerou a audiência
pública sobre a radioterapia da Beneficência Portuguesa, no dia
(14/10/09), em Santos, uma noite "dificílima" para a comunidade, porém
"memorável", devido à grande representatividade institucional.
“Temos aqui todos os órgãos envolvidos, como a Câmara, o Ministério
Público, a Assembléia Legislativa, a Beneficência. Os técnicos têm que
ser ouvidos. Todos nós estamos apurando um caso seríssimo. Não lembro
de ter acontecido isto na nossa cidade. Esta é a primeira que fizemos,
dessa maneira equilibrada”, afirmou.
Telma ouviu os relatos de técnicos e dirigentes do hospital e de familiares de
pacientes, que buscavam informações. Alguns depoimentos foram comoventes. A parlamentar relatou a experiência de ter superado um câncer, defendeu o trabalho da
audiência pública, em conjunto entre a Assembléia Legislativa,
proposta pelo deputado Fausto Figueira (PT), e pela Câmara, por meio de
comissão presidida pelo vereador Braz Antunes Matos (PPS).
Diante da representatividade da audiência, Telma apontou um indicativo.
“Deve-se buscar o caminho da humildade para corrigir os erros, quer sejam em
esfera federal, estadual ou municipal. Precisamos ter esta clareza, é
assim que enfrentamos os problemas”, afirmou.
Em discussão a dimensão de custo e demanda para um tratamento de
radioterapia de qualidade na região, Telma afirmou que é necessária
uma mudança de visão. “Nós precisamos, de maneira madura, encarar tudo
aquilo que for necessário para celebrar, não o dinheiro que é
aplicado, mas a solidariedade, e principalmente, o respeito à vida das
pessoas”.
Telma falou ainda sobre o papel do Legislativo. “Nós fomos eleitos
para fazermos a fiscalização dos atos da nossa cidade. A Constituição
nos deu este direito, e o voto popular também. Se alguns de nós, e
incluo o Ministério Público também, foram exagerados ou não, são suas
características, tempo vai colocar no devido tamanho as coisas
que estão acontecendo, mas se houve omissão, nós temos que saber,
porque é nada mais nada menos que a vida das pessoas”.
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