Telma cobra austeridade na Saúde

Caso do parto em sala de espera vai ao CRM

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A vereadora Telma de Souza, líder do PT na Câmara, fez um apelo em nome da Saúde em Santos, cobrando planejamento, estrutura, gestão e autoridade. Foram estas as palavras da parlamentar ao final da apuração da sindicância sobre um parto ocorrido em uma sala de medicação na Maternidade Silvério Fontes, na Zona Noroeste de Santos. O fato, em 1º de novembro, ganhou notoriedade ao ser gravado pela família e ser exibido em mídia nacional. Agora, será encaminhado a uma Comissão de Inquérito da Prefeitura – Cominq e ao Conselho Regional de Medicina - CRM.

A divulgação da sindicância foi feita pelo secretário de Saúde, Odílio Rodrigues Filho, em audiência na Câmara, a convite de Telma de Souza, na terça-feira (8/12). “Temos quatro unidades médicas no mesmo espaço. É impossível que funcionem perfeitamente. É preciso corrigir para que outros casos, ou até piores, não venham a acontecer. São questões de planejamento, estrutura, gestão e autoridade”, afirmou Telma sobre o complexo hospitalar. Funcionam no local o Núcleo de Atenção Psicossocial - Naps, o Pronto Socorro da Zona Noroeste, o Hospital Arthur Domingues Pinto e a Maternidade Silvério Fontes.

A audiência foi específica sobre o parto em questão, porém, dado o nível técnico das discussões estiveram em cheque o fato, o sistema de saúde e a repercussão na mídia. Conforme o secretário, a partir de depoimentos e do vídeo gravado, concluiu-se que a médica de plantão na unidade realizou o parto. No entanto, a criança permaneceu determinado tempo com a família, sem um profissional de saúde no local.

Na hora do parto, a paciente aparece sentada. Ela estaria aguardando uma cadeira de rodas para ser levada ao centro obstétrico. “A médica fez o parto. O pai aparece segurando a criança, já embrulhada. O que é irregular é o recém-nascido tanto tempo com a família, sem a presença do profissional de saúde. A sindicância encontra indícios de falha por este motivo. Por isso vai à Cominq. Nos preparativos, a criança nasce antes de chegar ao Centro Obstétrico. Por que não chegou a tempo, ou se existem falhas individuais, é isso que a Cominq tem de apurar”, afirmou o secretário.

O coordenador de Saúde da Mulher, Gilberto Mello, deu outros detalhes. “Ela chegou ao hospital decidida que ia ter uma cesárea, e não era correto, tanto que todos viram que a criança nasceu perfeitamente bem. Gerou um conflito inadequado e desnecessário”, afirmou.  Ainda conforme relatos, a paciente não portava a carteirinha de pré-natal, o que foi solicitado. A partir dos fatos, a família teria se irritado e passado a agredir verbalmente a médica.

Telma questionou a situação atual da maternidade, transferida da Zona Leste para a Zona Noroeste. “Pela ausência de princípios que teriam de estar gestados da maneira que o SUS (Sistema Único de Saúde) os vê, quais são as condições de trabalho do início da maternidade e do momento atual?”, perguntou. Segundo detalhamento dos profissionais, a maternidade está provisoriamente na ZN. O governo atual encontrou a unidade, na Rua Barão de Paranapiacaba, com o prédio em péssimas condições e uma situação muito ruim em temos de recursos humanos. A unidade ficou anos seguidos sem concurso público; contratos foram vencendo em diversas épocas, além de ter havido uma série de demissões. Hoje, há dificuldade de contratação devido ao período de praticamente dez anos sem reajustes salariais.

Para Telma, as distorções precisam ser corrigidas. “Com isso, sofre a população e sofre o corpo técnico”, afirmou. Ela defendeu maior força política ao setor, na relação com outras secretariais municipais, garantindo por exemplo, junto à Secretaria de Administração, um Plano de Cargos, Carreiras e Salários. Hoje, há três formas para se remunerar médicos no município.

Assessoria de Imprensa
Gabinete da Vereadora Telma de Souza, líder do PT
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