Situação da educação é uma calamidade

Vereador se refere as escolas estaduais

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Os baixos níveis de avaliação de ensino atingidos pelas escolas estaduais da Baixada Santista levaram o vereador professor Reinaldo Martins (PT) a ocupar a tribuna da Câmara Municipal, na sessão de segunda-feira (dia 18), para criticar duramente a política educacional do Governo do Estado.

Para o parlamentar, que é professor e preside a Comissão de Educação da Câmara, os indicadores negativos refletem o que considerou como “um crime que lesa toda uma geração, um holocausto na educação”, ressaltando que é impossível saber quanto tempo será necessário para reverter esse quadro.

“Eu só posso lamentar e constatar a responsabilidade do Governo do Estado e do partido que o governa, um partido que instituiu uma política semelhante à Política de Herodes, de eliminação de toda uma geração. E a origem de tudo isso está na gestão do ex-governador Mário Covas. Foi ali que essa desgraça na educação começou. Foi ali que teve início a destruição da rede pública de ensino”, disse Reinaldo.

O vereador citou matérias veiculadas pelo jornal A Tribuna, as quais revelam que todas as escolas estaduais da Baixada, avaliadas no Índice de Desenvolvimento da Educação do Estado de São Paulo (Idesp) 2010, tiveram nota abaixo de 5, na análise do desempenho dos alunos dos 5º e 9º anos do Ensino Fundamental e do 3º ano do Ensino Médio.

“Ao ler as matérias observei que especialistas propuseram soluções e quase que me candidatei a opinar, sugerindo que saíssemos, sentássemos no meio fio e começássemos a chorar. É o que resta sobre a situação do ensino nas escolas públicas, em especial na nossa região”, lamentou Reinaldo.

O alarmante nesses números, disse Reinaldo, é que os piores índices são verificados nos primeiros níveis de ensino, “o que significa dizer que daqui por diante a vaca vai para o brejo de vez, pois se no Ensino Fundamental há escolas que não atingem média 1, o que dizer em relação aos demais níveis.”

Reinaldo ressaltou o momento de expansão do mercado de trabalho em diversos setores e chamou a atenção para a possibilidade de as futuras gerações não suprirem a demanda. “Hoje se fala num país crescendo e necessitando de mão-de-obra qualificada. Ora, como é que essa demanda será atendida se as crianças sequer aprendem a ler e escrever nas escolas?”

O vereador concordou com a sugestão de um especialista ouvido pelo jornal A Tribuna quanto à introdução da informática nas salas de aula, mas observou que há escolas que não têm sequer professores suficientes para as aulas básicas, referindo-se à entrevista de uma diretora que declarou ter ficado sem professor de Língua Portuguesa durante um ano na sua escola.

“Sou a favor da inclusão da informática e de todos os métodos de ensino para prender a atenção dos alunos, mas é preciso garantir primeiro que esses estudantes aprendam o básico, o elementar a respeito da língua que utilizarão para ler, falar e escrever pelo resto da vida”, finalizou Reinaldo.

Gabinete do vereador professor Reinaldo Martins (PT)
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