Sindicatos propõem tarifa social do gás natural em audiência pública

Objetivo é que Comgás priorize os conjuntos habitacionais e favelas dos morros e ZN.

Compartilhe!

2 curtiram

Em audiência pública promovida no último dia (20), na Câmara, pela vereadora Cassandra Maroni Nunes (PT), técnicos da Comgás apresentaram o plano de implantação da rede domiciliar de gás natural em Santos, cujas obras já foram iniciadas. Entre as principais propostas feitas à empresa pela parlamentar e sindicatos presentes ao encontro, duas beneficiariam diretamente a população de baixa renda do Município: a criação de uma tarifa social e a implantação da rede nos conjuntos habitacionais e favelas dos morros e Zona Noroeste.

As sugestões surgiram, principalmente, com o fato de Comgás, durante apresentação do projeto, não dar previsão clara para o atendimento em áreas carentes da Cidade, o­nde haveria grande benefício para a população com a adoção do gás natural.

Outros aspectos que trazem preocupação são a possível supressão de empregos no ramo de entrega de botijões e a utilização pela Comgás, de mão-de-obra terceirizada. Como a empresa não respondeu a todas as dúvidas durante a audiência, Cassandra propôs a criação de um grupo de trabalho na Câmara, com a participação de outros vereadores, o que possibilitará conhecer detalhes do projeto técnico da rede de distribuição.

O objetivo é trabalhar em conjunto com sindicatos e setores organizados da sociedade para que a implantação da rede de gás em Santos seja um sucesso não apenas do ponto de vista da Comgás, mas principalmente da população que mais precisa de alternativas de geração de energia seguras, econômicas e ambientalmente saudáveis.

Com a instalação da rede de gás em Santos, a previsão da Comgás é gerar cerca de 450 empregos diretos e indiretos nas duas primeiras etapas, a serem implantadas entre 2008 e 2009, quando deverá ser atingida a quase totalidade dos bairros da orla e da zona intermediária, com 344 quilômetros de rede. Serão investidos R$ 45 milhões.

O gás natural, alternativa ao gás liquefeito de petróleo (GLP), poderá ser utilizado em fogões, chuveiros, aparelhos de ar-condicionado e no abastecimento de veículos já adaptados.

Presenças
Estiveram presentes na audiência vereadores, representantes da CUT, de sindicatos da área de energia e gás (Sinergia, Sindipetro, Sindigasista e Sindminérios), dos urbanitários (Sintius) e dos condomínios (Sicon), o presidente do Condema, Reinaldo Young, e o secretário municipal de Meio Ambiente, Flávio Correa.
 
Gabinete - vereadora Cassandra Maroni
cassandra@uol.com.br - tel (13) 3219.1890