Secretário garante rigor nas investigações da GM

Legislativo vai acompanhar apuração de denúncias

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"As denúncias serão apuradas com todo o rigor e transparência”. A garantia é do secretário de Segurança de Santos, Renato Perrenoud, e diz respeito às investigações abertas para apurar os supostos sequestro e tortura de uma moradora de rua por homens da Guarda Municipal no final de semana passado. A declaração foi feita durante encontro realizado nesta quinta-feira (dia 9 de junho) entre o secretário, o comandante da Guarda, e o presidente da Comissão Permanente de Segurança do Legislativo, o vereador Antonio Carlos Banha Joaquim (PMDB), que articulou a reunião.

De acordo com Perrenoud, além de enfrentar a sindicância interna para apurar as acusações, os homens envolvidos devem responder criminalmente. Inquérito aberto pela Polícia Civil busca agora verificar, por meio do exame de corpo delito,  se realmente houve agressão física, e quem poderia ter participado das agressões.

Além disso a Polícia pretende responder os motivos que levaram os supostos envolvidos a cometerem tais atos, afim de corrigir problemas de postura e o treinamento dado aos guardas. 

Perrenoud, entretanto, foi enfático ao afirmar que “confia em seus homens e que não acredita que a abordagem da jovem de 19 anos tenha ocorrido da forma como foi declarada. Caso tenha ocorrido algum abuso, será penalizado”.

Ele atribuiu a prioridade com que a Corporação desenvolve seu trabalho junto à população de rua para justificar sua afirmativa. Palestras, cartilhas e treinamento ministrados frequentemente, de acordo com o secretário, orientam e definem abordagem e encaminhamento corretos no atendimento da população que vive nas ruas.

O secretário garantiu ao Legislativo santista, representado por Banha, que todo o procedimento poderá ser acompanhado de perto. “Nós iremos buscar acesso a todas as informações sobre o caso”, afirmou Banha que acredita ser de grande prioridade esclarecer as denúncias contra a Guarda.

O caso

De acordo com denúncia feita por uma moradora de rua, de 19 anos, natural de Poços de Caldas (Minas Gerais), cinco integrantes da Guarda Municipal teriam sequestrado e torturado a jovem, deixando-a em um matagal no bairro Fabril, em Cubatão. Os supostos delitos teriam sido cometidos no final de semana passada.

De acordo com a moradora de rua, os guardas, sendo quatro homens e uma mulher, teriam abordado a jovem na Ponta da Praia, em Santos, desferido socos e pontapés, aplicado golpes de cassetete na sola de seus pés, e ainda, cortado seus cabelos. Após a violência física, a jovem conta que foi levada para o matagal, onde foi deixada. Ainda de acordo com ela, os guardas entraram em uma Kombi branca com o logotipo da corporação e foram embora.

Um vigilante que trabalha em uma fábrica perto do local teria ajudado a jovem, e acionando a Polícia Militar que levou a moradora de rua ao Pronto Socorro de Cubatão e registrou Boletim de Ocorrência.

Na terça-feira, no entanto, a jovem voltou a ser detida por outra guarnição da GM por porte de droga. Levada para o 3º Distrito Policial de Santos, ela afirmou que o crack era para seu próprio uso, e foi liberada após a realização do exame de corpo delito e de prestar depoimento sobre as acusações feitas contra a Guarda. 

Assessoria de imprensa do vereador Banha

Lidiane Diniz - (13) 9161-4053