De acordo com o presidente da CEV, vereador Benedito Furtado (PSB), a principal dificuldade encontrada pelos protetores dos animais está denunciar os maus tratos. “Temos vários casos que a Polícia Militar é chamada, mas não atende a ocorrência porque diz que não é sua competência. Já em outros casos, a PM atende a chamada mas quando chegamos na delegacia, o delegado não quer registrar o boletim de ocorrência”, ressaltou Furtado.
O vereador destacou que muitos ainda desconhecem a lei 9.605, de 12 de fevereiro de 1998, que trata sobre as sanções penais e administrativas derivadas de condutas e atividades lesivas ao meio ambiente. “De acordo com o artigo 32 dessa lei, quem praticar ato de abuso, maus-tratos, ferir ou mutilar animais silvestres, domésticos ou domesticados, nativos ou exóticos, pode ser preso, sendo que a pena varia de três meses a um ano”.
A presidente da organização não-governamental, Marilia Asevedo, ressaltou sobre a necessidade de um trabalho conjunto, integrado entre os vários órgãos envolvidos.
A representante da Polícia Civil, delegada Miriam Rocha dos Santos, disse desconhecer casos em que o delegado se recusou a elaborar um boletim de ocorrência. Mesmo assim, diante da reivindicação dos protetores, ela se comprometeu a passar uma circular para todas as delegacias informando sobre a existência da legislação que trata sobre os maus tratos a animais. Ela explicou, ainda, que no caso de uma denúncia é elaborado um termo circunstanciado.
O 1º tenente da Polícia Militar, Gustavo Pereira Lima Magnani, também afirmou que irá informar toda a corporação sobre a lei.
Além do vereador Furtado, que preside a CEV, também participou da reunião o vereador Geonisio Pereira Aguiar (PMDB). O vereador Fauto Lopes (PFL) enviou representante.