Redução de verba para o Ibama é questionada

Por meio de requerimento, Vereador pede ao Governo Federal explicações sobre diminuição de verba

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Vereador pede explicações sobre diminuição
de verba para IBAMA

Questionar a redução de 17% na verba para o escritório de Santos do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama). Com esse intuito, o vereador e presidente da Câmara Municipal de Santos, Marcus de Rosis (PMDB) apresentou requerimento, solicitando que seja oficiado ao Presidente da República, à ministra do Meio Ambiente e outras autoridades, pedindo urgentes providências para que sejam revistos os cortes e a redução no repasse de verbas federais para o escritório de Santos do Ibama.

 “O descaso do Governo Lula com as questões ambientais em todo Brasil comprometem a fiscalização à crimes ambientais. Em nossa região, o Ibama é responsável pela fiscalização em todo o litoral paulista, da pesca predatória, do transporte ilegal de madeira e da contaminação de mar e do manguezal, entre outras irregularidades, atuando em uma região com enormes porções de mata em preservação ambiental. A escassez de recursos compromete a fiscalização deste importante órgão de defesa do Meio Ambiente”, ressalta o vereador.
 
O repasse previsto para 2007, de R$ 150 mil, é R$ 30 mil menor do que no ano passado, quando também houve uma redução de 15% em relação ao repasse de 2005. No início deste ano, faltou dinheiro até para o pagamento de despesas básicas, como água, luz e telefone. Muitas vezes os fiscais não têm sequer verba para gasolina, e com isso deixam de apurar algumas denúncias.

 “Em tempos em que muito se fala sobre aquecimento global e utilização responsável dos recursos da natureza, a irresponsabilidade e a falta de compromisso de um governo subserviente colaboram para que o tráfego de animais silvestres no Brasil permaneça no ranking como a terceira maior atividade ilícita do mundo, perdendo apenas para o tráfico de drogas e armas”, explica o vereador em seu pedido, complementando: “É vergonhoso saber que os funcionários do Ibama de Santos, em casos de emergência, tiram dinheiro do próprio bolso para apurar algumas irregularidades ambientais. Os quatro carros usados pela entidade para averiguar denúncias estão em péssimas condições. A própria sede não apresenta condições necessárias para o trabalho a ser desenvolvido”.
 
Apesar de ser responsabilidade do Ministério do Meio Ambiente, a determinação do corte de verba partiu do Ministério do Planejamento, por meio de decreto.