A Câmara Municipal de Santos realizou no último dia 13/05/09 audiência pública para apresentação do Projeto Ambiental de remediação do antigo lixão da Alemoa. O encontro aconteceu no plenário Ulysses Guimarães, na rua XV de Novembro, no anexo da Câmara. O projeto tem autoria da Brasil Terminal Portuário. A empresa firmou um contrato de arrendamento com a Codesp para a implantação de um terminal de carga e descarga. Durante o encontro, diretores da empresa apresentaram detalhes de todas as etapas de construção da obra, dando ênfase ao desafio de despoluição de 342 mil m2 de ára degradada em função de anos de uso inadequado.

Integram a Comissão Permanente de Meio Ambiente da Câmara, os vereadores  Fabio Nunes (PSB), Arlindo Barros (PSDB) e Adilson Júnior (PT). Já a Comissão que trata de Assuntos Portuários, é integrada pelos vereadores Manoel Constantino (PMDB), Telma de Souza (PT) e Fábio Nunes (PSB) que presidiu a mesa para discussão dos trabalhos. Além dos vereadores, a audiência contou com representantes de entidades ligadas ao setor portuário e meio ambiente.

Com base em “cases” de trabalho, como o da construção de complexos esportivos dos Jogos Olímpicos de Londres, marcado para 2012, onde a utilização inadequada da área foi muito semelhante a da Alemoa, a tecnologia de descontaminação empregada consiste em “lavar” a camada superficial do solo. O terreno sofrerá uma divisão, onde o material escavado será peneirado, separado e lavado com equipamentos importados da Bélgica. Esse processo tende a separar o solo das substâncias químicas nocivas, com o reaproveitamento aproximado de 70%. Os outros 30% serão transformados em  uma espécie de pasta que terá como destino aterros controlados.

“Todo o trabalho da Brasil Terminal Portuário, tem como compromisso, o de apagar mais de três décadas de despejo de lixo e componentes tóxicos de natureza diversa”, disse o vereador Fabio Nunes, professor Fabião que também é biólogo.

Assessoria Gabinete
Vereador Fábio Nunes
Tel.: 3219.5269

Comunidade sabatina terminal que ocupará antigo lixão da Alemoa 
Telma levantou questões sobre o uso da água e o entorno do projeto
 
A peocupação com o entorno e os detalhes técnicos da obra em relação ao meio ambiente foram as questões levantadas pela vereadora Telma de Souza, líder do PT na Câmara, durante audiência pública para a apresentação do projeto da Brasil Terminal Portuário – BTP, na noite de ontem (13), em Santos.
 
Agendada pelas comissões permanentes de Meio Ambiente e de Portos, a audiência foi presidida pelo vereador Fábio Alexandre Nunes (PSB), e contou com a presença na mesa, de Telma de Souza, membro da comissão de Portos. “É preciso saber como vai ficar o entorno do projeto. De acordo com a aparesentação, estará sendo criado um local de excelência ambiental, mas e as áreas ao redor, qual será o impacto”, questionou Telma. Ela argumentou ainda, sobre a origem da água a ser utilizada para a “lavagem” do solo a ser recuperado. “Com a escassez atual, a água potável é para as pessoas consumirem. Água para uso industrial deve ser proveniente de reutilização”, defendeu.
 
Os técnicos da BTP detalharam todos os procedimentos a serem adotados, que tornam a proposta do terminal o maior projeto de remediação ambiental do estado de São Paulo e um dos maiores do país. Segundo informaram, parte da água a ser utilizada será de reuso, ou seja, aproveitada de outros processos. Naturalmente, uma parcela terá de ser água da rede existente, afirmaram os técnicos. Quanto a área do redor, serão preservados 30 mil m2, com vegetação natural, para permitir a sobrevivência de espécies de pássaros que habitam o local. O projeto prevê, por exemplo, menor iluminação na área fronteiriça com a parcela preservada, a fim de não prejudicar os ninhais.
 
O terminal BTP está projetado para a área do antigo lixão portuário da Alemoa, utilizado por 50 anos, até 1999. Inicialmente havia sido planejado um terminal de líquidos para o local, projeto que não saiu do papel. Com a exigência do Ministério Público do Meio Ambiente de despoluição do local, um Termo de Ajustamento de Conduta – TAC foi celebrado com a Codesp, estatal portuária, para a remediação. A proposta foi encampada pela BTP, que tem parceria da gigante da navegação, MSC.
 
Ao custo de US$ 1,6 bilhão, o terminal multiuso – para contêineres, cargas soltas e granéis líquidos - terá quatro berços de atracação e tem previsão de estar pronto a partir de 2012. Grande parte dos recursos será utilizada da remediação ambiental. Somente a partir deste processo o local poderá receber obras de instalação do terminal.
 
Maurici de Oliveira - MTB 21503
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