Transformar o óleo comestível, o conhecido óleo de fritura, em produtos reciclados, como sabão ou cola, colaborando, assim, com a preservação do meio ambiente. Com esse intuito, o vereador e presidente da Câmara, Marcus de Rosis, apresentou, na sessão do dia 26 de fevereiro, projeto de lei para implantação do Programa de Reciclagem de Óleo Comestível, que instituiu a coleta seletiva de óleo comestível em hotéis, restaurantes, bares e similares.

“Os resíduos deste óleo usado, além de nocivos para o nosso organismo, também são muito nocivos ao meio ambiente. Quando jogamos o óleo de fritura pelo ralo, ele vai direto para os rios, aumentando a poluição, já que, sendo mais leve que a água, fica na superfície, criando uma barreira que dificulta a entrada de luz e oxigenação da água”, salienta o vereador peemedebista, acrescentando: “Para se ter idéia da dimensão do problema, um litro de óleo contamina cerca de 1 milhões de litros de água, o equivalente ao consumo de uma pessoa pelo período de 14 anos. Cada família gera, em média, 1,5 litros de óleo comestível por mês.

No projeto, De Rosis que a Prefeitura de Santos ficará responsável por implantar programas permanentes de educação ambiental junto às entidades representativas dos setores, como Sindicatos e Associações. Quanto a coleta do material, a Prefeitura poderá firmar convênio com organizações da sociedade civil, fundações e empresas recicladoras, que farão uso do produto para fabricação de diversos produtos reciclados

Inédita na região, a iniciativa j vem sendo implantada em alguns lugares do Brasil. Metade das 120 toneladas de óleo comestível usado na cidade de Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, já é reciclada e transformada em cola e tinta para uso industrial. Existem, inclusive, empresas especializadas na fabricação destes produtos, que encarregam-se de fazer as coletas do óleo, assim como nos sistemas de coleta seletiva convencionais.

LUCINAIRA SOUZA
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