Professor Roberto Patella recebe medalha Brás Cubas

Homenagem foi concedida na noite desta sexta-feira, dia 29, na Sala Princesa Isabel da Câmara Municipal, em cerimônia proposta pelo presidente da Casa, Paulo Gomes Barbosa, que proferiu o discurso de saudação.

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A sala Princesa Isabel da Câmara Municipal de Santos foi cenário de solenidade marcada por emoção e alegria na solenidade que homenageou o professor Roberto Patella com a medalha de Honra ao Mérito Brás Cubas.

O professor Roberto Patella tem quase cinco décadas dedicadas ao ofício de Magistério, tornou-se referência acadêmica no País, entre alunos e professores. Atualmente é diretor de Ciência e Tecnologia da Universidade Santa Cecília.

Também como coordenador, teve atuação bastante elogiada nos projetos Universidade Solidária e Alfabetização Solidária, ambos nas Regiões Norte e Nordeste do País, redutos tradicionais de bolsões de miséria.

A cerimônia foi presidida pelo vereador Manoel Constantino e contou com a presença do secretário de Governo da Prefeitura, Márcio Lara.

Confira a íntegra do discurso do vereador Paulo Gomes Barbosa:

SESSÃO SOLENE – professor Roberto Patella

Boa noite senhoras e senhores

Autoridades presentes a solenidade

e um  boa noite especial ao nosso nobre
homenageado, professor Roberto Patella

“Transportai um punhado de terra todos os dias e fareis uma montanha”.

A frase do grande filósofo e pensador chinês Confúcio, que viveu 500 anos Antes de Cristo, é a que melhor define a história vitoriosa do Professor Roberto Patella, um santista, filho de imigrantes italianos, que ergueu uma montanha de realizações ao longo de sua vida.

Cada grão de terra, que ajudou a construir seu histórico de homem vencedor, representa uma etapa que Patella soube escalar até chegar ao cume.

Lá no alto, fincou a bandeira de cidadão honrado e de coração afetuoso, como um marco a orientar os seus discípulos, que, fiéis aos bons ensinamentos, seguem as marcas deixadas no caminho percorrido pelo mestre.

Filho de Luigi Pattela e Angelina Aloe Patella, já falecidos, Roberto nasceu em 13 de dezembro de 1939, no Bairro Vila Nova, perto do Antigo Mercado Municipal de Santos.

De origem humilde, conheceu, ainda menino, os males da pobreza, presente entre as famílias que viviam no bairro onde cresceu.

A convivência com os excluídos fez compreender, desde cedo, que a Educação é o caminho mais rápido e seguro para a eliminação das desigualdades sociais.

Com esse pensamento, o Roberto Patella concluiu os estudos básicos e ingressou no Instituto Militar de Engenharia, onde se formou em Tecnólogo do Exército.

Também obteve graduação em Química, com licenciatura e bacharelado pela Universidade Mackenzie, de São Paulo.

Dando seqüência aos estudos, especializou-se em Materiais de Interesse Nuclear pela Universidade de São Paulo (IPEN) e pela Universidade Federal de Minas Gerais (IPR).

Ocupou, com sucesso, o cargo de Gerente de Mineração de areias monosites, em Barra de Itabapoara, no Estado do Rio de Janeiro. Porém, foi na área da Educação em que obteve o seu maior reconhecimento.

Em quase cinco décadas dedicadas ao ofício de Magistério, tornou-se referência acadêmica no País, entre alunos e professores. Por suas mãos, passaram brilhantes pesquisadores nas áreas de Química e Tecnologia.

Os primeiros passos na carreira de professor foram dados em Santos, no Colégio do Carmo e no Colégio Santista. No curso de Química, ministrou aulas de Operações Unitárias e Processos Industriais.

Na Cidade de Santos, também lecionou Química para os alunos do Ensino Médio dos Colégios Santa Cecília e São José.

Por sua facilidade em ensinar e pelo respeito alcançado no meio estudantil, foi convidado para ser professor do curso preparatório para Vestibular, do Curso Anglo.

A marca vitoriosa de Roberto Patella consolidou-se na Universidade Santa Cecília, instituição onde até hoje exerce a titularidade do cargo de professor.

Na Unisanta, Patella é professor dos Cursos de Graduação de Engenharia, Biologia, Matemática, Computação e Farmácia.

Além de Professor-Coordenador do Curso de Técnico de Química do Colégio Santista e do Curso de Bacharelado em Química da Unisanta, Roberto Patella é diretor da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Santa Cecília.

Como nos ensina Santo Agostinho, “aquele que tem caridade no coração tem sempre qualquer coisa para dar”, o Professor Roberto Patella sempre repartiu aquilo que de mais valor acumulou: a generosidade e a inteligência.

Como um pastor zeloso que caminha em campos montanhosos e rochosos em busca das ovelhas desgarradas, Roberto Patella deixou a sua terra natal para se dedicar a importantes projetos sociais, em áreas carentes deste País.

Ele coordenou o Grupo da Escola Emergente nas comunidades carentes do Litoral Norte do Estado de São Paulo.

Também como coordenador, teve atuação bastante elogiada nos projetos Universidade Solidária e Alfabetização Solidária, ambos nas Regiões Norte e Nordeste do País, redutos tradicionais de bolsões de miséria.

Sempre envolvido com atividades acadêmicas, Roberto Patella ainda encontra tempo na sua concorrida agenda para coordenar o Coral da Unisanta e os eventos de formaturas da universidade.

Como poucos, o Professor Roberto Patella seguiu à risca a máxima deixada por Cícero, filósofo e grande orador italiano, que viveu 100 anos Antes de Cristo:

“Não basta conquistar a sabedoria, é preciso usá-la”.

E a sabedoria de Patella trouxe resultados práticos. São inúmeras as participações deste professor santista em projetos científicos e tecnológicos. Muitos deles, direto ou indiretamente, resultaram na valorização do bem estar de milhares de pessoas.

Podemos citar o Projeto Pró-Água, voltado à melhoria da qualidade da água para o consumo humano.

Outro projeto científico, mas de cunho social, envolveu a utilização de fosfogesso - lixo químico das indústrias de fertilizantes de Cubatão – como matéria-prima para a construção civil.

Atuou ainda na separação física dos minerais radioativos. E como pesquisador de Processos de Extrativa Mineral APM da Comissão de Energia Nuclear, de São Paulo.

Em razão dos seus conhecimentos aprofundados em Química, o Professor Roberto Patella tornou-se perito judicial.

Nessa função, participou do processo que apurou a contaminação de lixo químico organo clorato da Indústria Rhodia, no Caminho dos Pilões, em Cubatão.

Também foi chamado para emitir parecer no processo sobre desprego de lama do tratamento de clorificação, na Estação de Tratamento de Água (ETA) de Cubatão e no Projeto de Instalação de tratamento da estação da Sabesp.

Casado com Neide Ferreira Patella há 43 anos. Pai de três filhos: Katya, Roberto e Karen. E avô de quatro netos: Paloma, Laura, Vincenzo e Roberto. O professor tem na família o bem mais valioso do seu patrimônio. 

Aliás, a família foi a base rochosa onde Roberto Patella alicerçou uma carreira de sucesso. Em seu histórico imaculado, acumulou conhecimento, compartilhando-o com os todos aqueles que tinham fome de sabedoria para ser saciada.

Do alto da montanha que ergueu, com o punhado de terra que transportou com suas ações profissionais, acadêmicas e sociais, o professor Roberto Patella é o exemplo de humildade.

Uma humildade que é tão bem explicada no Capítulo 3, nos Versículos 20 e 21, de Eclesiástico, um dos livros da Bíblia Sagrada.

“Quanto mais fores elevado, mais te humilharás em tudo. E, perante Deus, acharás misericórdia. Porque só a Deus pertence a onipotência, e é pelos humildes que ele é verdadeiramente honrado”.