Antes da conclusão do inquérito policial, que apura as denúncias de furtos em veículos recolhidos no pátio da Caneleira e no depósito de Monte Cabrão, a CET não pretende tomar nenhuma decisão mais rígida contra a Martha\'s Serviços Gerais Ltda, que desde o final de 2008 é responsável pelo serviço no município.

O rompimento do contrato só deve acontecer caso fique comprovado o dolo por parte da empresa. A afirmação é do presidente da CET, Rogério Crantschaninov, e foi feita aos vereadores nesta segunda-feira (dia 3 de outubro), durante audiência pública realizada na Câmara para tratar do tema.

A ida de Crantschaninov à Câmara foi garantida por convite da Comissão Especial de Vereadores (CEV) que aborda questões de Planejamento de Operação do Trânsito. Ao todo, 14 parlamentares participaram da audiência. Além de Adilson Junior (PT), que preside a CEV e comandou os trabalhos durante o encontro, Benedito Furtado (PSB), Geonísio Pereira Aguiar, Manoel Constantino, Antonio Carlos Banha Joaquim, Marcus de Rosis e Roberto Oliveira Teixeira (todos do PMDB), Cassandra Maroni Nunes e Reinaldo Martins (ambos do PT), Sadao Nakai e Arlindo Barros (pelo PSDB), Odair Gonzalez (PR), Marcelo Del Bosco (PPS) e Hugo Duppre (PMN) acompanharam as explicações de Crantschaninov.

O presidente da CET garantiu que a ação imediata da companhia após as denúncias foi aumentar o controle de entrada e saída de veículos. No depósito de Monte Cabrão ficou determinado que o terreno seja totalmente cercado. Lá, assim como no pátio da Caneleira, a vigilância foi aumentada.

Da mesma forma, Crantschaninov afirmou que a CET ampliou a fiscalização do serviço prestado pela Martha´s. Antes das denúncias, o controle era feito por amostragem com visitas semanais no local onde os carros estão recolhidos. Agora “nós temos um funcionário full time (tempo integral) nos pátios”.

A quantidade de carros, sob responsabilidade do Estado recolhidos no pátio e no depósito, chamou a atenção dos parlamentares. Dos 2.433 veículos, apenas 17% foram apreendidos pela CET. Os outros 83% são resultado de ações das polícias Militar e Civil.

Para tentar diminuir esse volume, Crantschaninov está conversando com Governo do Estado. A ideia é identificar os veículos que já estão liberados, para que seus proprietários retirem dos pátios.

Crantschaninov afirmou que até o momento não há confirmação de envolvimento de funcionários da CET no esquema de furtos denunciado. O presidente da companhia garantiu ainda que todos os proprietários que tiveram seus veículos "depenados" dentro do pátio ou do depósito serão indenizados pela Martha\'s, conforme prevê o contrato com a empresa.

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Câmara Santos
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