Presidente da CET explica demissão de funcionário

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Presidente da CET, Rogério Crantschaninov esteve na Câmara de Santos na terça-feira (dia 8 de maio) para prestar esclarecimentos sobre as punições aplicadas a funcionários que publicaram mensagens em redes sociais da internet criticando a empresa. Ele foi convocado através de requerimento da Comissão Permanente de Serviço Público, composta pelos vereadores Cassandra Maroni Nunes (PT), Marcelo Del Bosco (PPS) e Geonísio Pereira Aguiar (PMDB).

Segundo Crantschaninov, o caso foi apurado por uma comissão disciplinar que concluiu, depois de ouvir os funcionários, pelas punições. Três funcionários foram identificados como envolvidos. Um deles foi demitido por justa causa e os outros suspensos.

Crantschaninov argumentou que as mensagens publicadas nas redes sociais da internet manchavam a imagem da CET. “Houve queda de hierarquia e de comando. Se tem algo que prezamos é a questão da hierarquia”.

Um dos exemplos citados pelo presidente da CET foi uma campanha de boicote a uma operação de trânsito importante para a cidade, e que acontece no Ano Novo. De acordo com Crantschaninov, as mensagens publicadas incitavam os funcionários escalados para a operação a doarem sangue, justificando assim a ausência no trabalho. “Tudo isso vinha afetando o clima organizacional”.

Os argumentos utilizados por Crantschaninov foram rebatidos pela vereadora Cassandra, que preside a Comissão de Serviço Público. “O que mancha a imagem da empresa são as notícias de dívida, de falta de planejamento e, recentemente, o episódio dos pátios de veículos e da Martha\'s (empresa que administrava os pátios)”.

Enquanto questionava Crantschaninov, Cassandra disse que não conseguiu entender a diferença entre as punições adotadas, já que no documento da sindicância não há esse detalhamento. O presidente da CET não soube explicar a diferença. Disse apenas que assinou a demissão com base no relatório da comissão disciplinar.

O vereador Adilson Junior (PT), que participou da audiência, questionou Crantschaninov sobre o procedimento adotado com o chefe dos funcionários punidos. Ele também utilizou uma rede social para falar da empresa, e em uma mensagem publicada no Facebook ameaçou demitir todos. No entanto foi apenas advertido verbalmente. “Se um chefe ameaça um funcionário pela rede social não está manchando a imagem da empresa?”, questionou o parlamentar.

Liberdade de expressão

Cassandra destacou que apesar da utilização das redes sociais se tratar de assunto recente, o caminho da punição ataca diretamente a liberdade de expressão, “que é um bem sagrado para quem viveu 20 e tantos anos sob as botas da ditadura”.

Na opinião da vereadora os “fuxicos” publicados na internet não fazem diferença para a segurança do trânsito. “Me parece que institucionalizaram a bisbilhotagem”.

Crantschaninov defendeu a decisão da CET e afirmou que não houve perseguição de nenhum funcionário. “Isso é questão de disciplina”.

Cassandra, mais uma vez, discordou: “o que eu acho que é bisbilhotagem, o senhor acha que é disciplina”.

Requerimentos

Insatisfeita com as respostas e argumentos de Crantschaninov, Cassandra vai apresentar dois requerimentos pedindo mais informações à CET. Num deles, ela quer que seja justificada a diferença das punições: demissão por justa causa e suspensão. No outro, quer que a empresa aponte quantos funcionários foram demitidos nos últimos seis meses e os motivos das demissões.

Assessoria de Imprensa

Câmara Santos

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