PL possibilita atividades escolares às crianças internadas

É o "Classe Hospitalar", aplicado no Estado ES

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Possibilitar a continuidade dos estudos às crianças internadas por períodos longos na rede municipal de saúde de Santos. Esse é objetivo do requerimento apresentado pelo presidente da Câmara, Marcus de Rosis (PMDB). Na proposta, o vereador solicita a Secretaria de Saúde e a Secretaria de Educação de Santos, a possibilidade de implantar um projeto semelhante ao “Classe Hospitalar”, existente no Estado do Espírito Santo, onde as crianças em idade escolar internadas na rede pública de saúde recebem acompanhamento educacional, participando de atividades pedagógicas e educativas dentro dos hospitais, fazendo com que não percam o vínculo com a escola e não percam o ano letivo.

No projeto, já implantado na cidade de Vitória, as crianças hospitalizadas participam de atividades escolares dentro do hospitais públicos. Como os alunos são de idades diferentes, há uma parceria com as escolas, elas indicam qual a tarefa que cada um deve fazer. “Elas não só continuam aprendendo nesse espaço, como levam uma experiência de aprendizagem bastante importante para o seu dia a dia nas escolas. Os médicos dos hospitais em que há o projeto relatam que aulas para crianças internadas só ajuda no tratamento”, justifica o vereador.

As crianças fazem o exercício da sociabilidade, uma vez que elas encontram outras crianças e isso lhes dá alegria, ajudando no processo de cura. Além disso, há a possiblidade de a criança ter as faltas escolares abonadas, diminuindo a possibilidade de que ela possa perder o ano escolar por conta da internação. “Funciona como uma terapia ocupacional”, salienta o vereador, acrescentando. “São disponibilizados alguns professores da rede pública de ensino, que passam por um treinamento que os prepara para lecionar dentro do ambiente hospitalar e lidar com as possíveis limitações destas crianças”.

Todas as crianças internadas, em condições de realizar alguma atividade, recebem esse acompanhamento escolar em uma sala apropriada dentro do hospital. Aquelas que têm dificuldade em locomover-se não ficam seu aula, a professora vai até elas, percorrendo várias unidades do hospital, atendendo alunos de várias idades e anos escolares. Apenas os casos graves, quando a criança não têm condições físicas e psicológicas de participar das aulas, ficam de fora do projeto.

“O projeto, que além das atividades escolares também realiza atividades lúdicas pedagógicas, possibilita o processo educacional e a manutenção de vínculo com a escola de origem, facilitando o regresso e continuidade à educação regular, fazendo com que a evasão e repetência no período de internação e/ou tratamento sejam minimizados”, finaliza De Rosis.