Petrobras recebe placa de Honra ao Mérito

Iniciativa partiu da vereadora Suely Morgado.

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Em homenagem aos 54 anos de fundação da Petrobras, a Câmara Municipal de Santos promoveu sessão solene na última quarta-feira (3), na Sala Princesa Isabel, para a entrega de placa de Honra ao Mérito à empresa. A homenagem foi proposta pela vereadora Suely Morgado (PT), tendo em vista os serviços prestados pela Petrobras em nossa região nos campos econômico, social, esportivo e cultural.

Fundada em outubro de 1953, a Petrobras é hoje uma das maiores do mundo no setor petrolífero. Mesmo após a quebra do monopólio em 1997, a empresa não pára de crescer e atualmente está presente em 27 países.

Atuando na exploração e produção de petróleo, gás natural e derivados, ela produz mais de 1 milhão de barris de óleo por dia. Em 2006, com o início da produção da plataforma da Bacia de Campos, o Brasil conseguiu atingir a autosuficiência em petróleo.
Na Baixada Santista, além da Refinaria Presidente Bernardes, a Petrobras possui a Transpetro e, mais recentemente, instalou uma unidade de negócios de gás, que já gerou centenas de empregos e deverá criar, nos próximos cinco anos, cerca de 1.200 empregos diretos e cerca de 15 mil indiretos.

A Petrobras também é uma das empresas que mais investe em projetos sociais, esportivos e culturais no Brasil, sendo responsável, entre outras iniciativas, pelo patrocínio de campeonatos de diferentes modalidades esportivas, apoio a diversas organizações não-governamentais e a projetos comunitários, além de parcerias em atividades ligadas ao cinema, teatro, museus, bibliotecas e patrimônio histórico.

Confira o discurso da vereadora Suely Morgado

PRONUNCIAMENTO DA VEREADORA SUELY MORGADO NA SOLENIDADE DE ENTREGA DE PLACA DE HONRA AO MÉRITO À PETROBRAS PELOS SEUS 54 ANOS DE FUNDAÇÃO.
SALA PRINCESA ISABEL – 03/10/2007

Petrobras, Petrobras... Esse nome me remete quase que imediatamente a tudo o que simboliza o Brasil.  É uma empresa que está fortemente vinculada ao nosso imaginário coletivo. Ainda muito jovem, me acostumei a ver aquela logomarca verde-amarela, o BR, como algo que representa o nosso País.

Se os estrangeiros apontam o futebol, o samba, o café, as praias, o Rei Pelé e a Amazônia como ícones brasileiros, acrescentaria, sem dúvida, a Petrobras nessa lista, pois ela está umbilicalmente ligada à nação brasileira e ao ideal de desenvolvimento do nosso povo. Além disso, a Petrobras está presente hoje em 26 países, tais como a China, Paquistão, Estados Unidos, Bolívia e Tanzânia.

Mas, se atualmente temos uma companhia da qual nos orgulhamos e que representa o que de mais avançado possamos conceber enquanto organização empresarial - seja em termos de produtividade, pujança econômica ou responsabilidade social -, seu surgimento foi fruto de acalorados debates e intensas lutas, muitas delas marcadas por violência e sangue.

A chamada campanha “O Petróleo é Nosso” foi iniciada após a Segunda Guerra Mundial, quando os Estados Unidos intensificaram sua participação nos negócios na América Latina. Cientes do imenso potencial petrolífero do Brasil, os trustes norte-americanos passaram a promover gestões no sentido de obter concessões que dariam ampla vantagem às empresas estrangeiras na exploração, refino e transporte do petróleo.  

Diante das investidas das empresas petrolíferas norte-americanas, que contavam com o apoio de parte da imprensa e de influentes agentes políticos, surgiu um movimento nacionalista em defesa do monopólio estatal do petróleo, encabeçado especialmente por estudantes, trabalhadores e certos setores militares.

Já em 1948, atos públicos eram realizados com o intuito de sensibilizar a população para a necessidade de se garantir o monopólio. Em um comício realizado em abril daquele ano, a polícia reprimiu violentamente os manifestantes, resultando em ferimentos a bala em duas pessoas e no espancamento do ex-deputado do Distrito Federal, Nicanor Nascimento.

A União Nacional dos Estudantes (UNE) foi uma das organizações que mais ardentemente defenderam o monopólio do petróleo, organizando protestos em vários estados brasileiros. Em uma dessas manifestações, realizada em setembro de 1948, no Rio de Janeiro, a repressão policial foi ainda mais truculenta, com tiroteio e uso de granadas e bombas de gás lacrimogêneo.  Dezenas de pessoas ficaram feridas.

Os simpatizantes da entrada do capital estrangeiro adotavam a estratégia de tachar de “comunistas” e “subversivos” os líderes das manifestações de protesto, numa tentativa de desqualificar o movimento. A região da Baixada Santista foi importante nesse conturbado período. Santos, São Vicente e Cubatão criaram comissões de defesa do petróleo, a exemplo de outros municípios brasileiros, mas foi aqui uma das regiões onde a causa nacionalista mais prosperou.

A luta em favor do monopólio teve um grande avanço a partir de um comício promovido em Santos em 30 de setembro de 1949. A polícia dissolveu o ato com extrema brutalidade, utilizando inclusive metralhadoras, causando a morte do ensacador do porto, Deoclécio Augusto Santana, transformado em mártir do movimento. No dia seguinte, sem maiores explicações, a polícia prendeu o portuário Henrique Moura e Aldo Ripassarti, vice-presidente do Centro Santista de Estudos e Defesa do Petróleo.  

Em 1953, quando finalmente o Senado e a Câmara Federal deveriam decidir sobre o futuro da exploração do petróleo brasileiro, diversas assembléias legislativas e câmaras municipais posicionaram-se favoravelmente ao monopólio estatal, entre elas, a Câmara Municipal de Santos.
A pressão dos nacionalistas tornou-se insuperável, e em 21 de setembro de 1953, foi aprovado o monopólio estatal, que a Petróleo Brasileiro S.A., a Petrobras.

A empresa tornou-se uma das maiores do mundo no setor petrolífero. E mesmo após a quebra do monopólio em 1997, no governo Fernando Henrique Cardoso, ela não parou de crescer.
Atuando na exploração e produção de petróleo, gás natural e derivados, ela produz mais de 1 milhão de barris de óleo por dia, marca que poucos países possuem. Em 2006, com o início da produção da plataforma da Bacia de Campos, o Brasil conseguiu atingir a autosuficiência em petróleo.

Na Baixada Santista, a Petrobras conta com a Refinaria Presidente Bernardes, em Cubatão, que foi a primeira refinaria instalada pela empresa, e que é responsável pela produção de gasolina de aviação, diesel ecológico, gasolina Podium, entre outros produtos, sendo responsável por 11% da produção de derivados no Brasil.

A nossa região abriga ainda a Petrobras Transportes, a Transpetro, e, mais recentemente, foi instalada em Santos uma unidade de negócios de gás, que já gerou centenas de empregos e deverá criar, nos próximos cinco anos, cerca de 1.200 empregos diretos e cerca de 15 mil indiretos.
São 54 blocos de prospecção na Bacia de Santos, explorados diretamente pela Petrobras ou em parceria com outras empresas. O curioso é que, poucos anos atrás, muitos não acreditavam na capacidade petrolífera da Bacia de Santos e chegaram até a ridicularizar quem acreditasse nessa possibilidade, que hoje é uma realidade incontestável.

A Petrobras não é uma gigante apenas no mundo dos negócios. Ela é uma das empresas que mais investe em projetos sociais, esportivos e culturais no Brasil. Seria impossível citar todas as iniciativas da empresa nessas áreas, pois é impressionante o quantidade e a diversidade de seus apoios.

No ano passado, a Petrobras, que já é a maior patrocinadora da cultura brasileira desde 1990, destinou um valor recorde para o patrocínio de projetos culturais: 288 milhões de reais.
Entre outros projetos, a empresa investe na produção de espetáculos de artes cênicas e apóia companhias e festivais de teatro, dança e circo, além de contribuir para a recuperação de acervos e na formação de novos profissionais.

No segmento das artes visuais, a Petrobras está presente na Bienal de Arte de São Paulo e na Bienal do Mercosul, além de apoiar projetos voltados à educação para as artes  e na restauração de obras de grandes artistas plásticos.
O cinema é um dos destaques na área cultural, sendo a Petrobras responsável pelo incentivo à produção e difusão de filmes de longa e curta metragens, à realização de festivais de cinema e à recuperação de obras de cineastas consagrados, como Nelson Pereira dos Santos e Gláuber Rocha.

Na Internet, a companhia patrocina diversos espaços de difusão da cultura, entre eles, o Portal Literal, o principal site de literatura brasileira na web. A Petrobras também  colabora com a preservação de acervos documentais e bibliográficos, e com a conservação  de museus, arquivos e bibliotecas. Na área musical, ela contribui para a gravação e difusão da música popular brasileira contemporânea e da música erudita, além de atuar na recuperação de gravações musicais de artistas, como Tom Jobim, e na manutenção da Orquestra Petrobras Sinfônica.
No esporte, a Petrobras patrocina eventos esportivos de diferentes modalidades, notadamente surfe, handebol, tênis, futebol, automobilismo e motociclismo.

Se o mecenato cultural e esportivo é notável, a responsabilidade social é outra característica marcante da empresa. Ela é uma das signatárias  da  Declaração  de Genebra, documento internacional no qual a Petrobras assume responsabilidade no enfrentamento de desafios globais, como as mudanças climáticas, e estabelece o compromisso de adotar estratégias empresariais nas áreas de direitos humanos, condições  de  trabalho,  meio  ambiente  e  combate  à  corrupção.

A Petrobras não pára de nos surpreender. Nesta sexta-feira, dia 5, será lançado o prêmio ODM Brasil 2007, criado para incentivar ações, programas e projetos desenvolvidos por prefeituras, empresas e organizações da sociedade civil que contribuem para o cumprimento dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio. A companhia possui ainda um código de ética, no qual é garantido o respeito à diversidade cultural, racial ou religiosa, de modo que nenhum de seus empregados venha a receber tratamento discriminatório em consequência de sua raça, cor de pele, posição social, idade, religião, gênero, orientação sexual ou convicção política.

Entre inúmeros projetos sociais, a Petrobras mantém, desde outubro de 2003, o projeto Siga Bem Criança, cujo objetivo é o de desenvolver ações de combate à exploração sexual e ao trabalho infantil. Visando apoiar outras iniciativas de proteção a jovens em situação de risco, a empresa repassa recursos do imposto de renda ao Fundo da Infância e Adolescência (FIA) que, por sua vez, os repassa para os Conselhos Municipais dos Direitos da Criança e do Adolescente.

Na Baixada Santista, a Refinaria Presidente Bernardes desenvolve o Programa Remar, que é dividido em quatro projetos comunitários em parceria com entidades beneficentes voltadas principalmente ao atendimento de crianças excepcionais e adultos portadores de deficiência. Três deles têm como finalidade gerar renda para as famílias, além de promover a educação ambiental, a qualificação profissional e o reforço escolar.

A Petrobras, como vimos, é uma organização que nos dignifica enquanto brasileiros por sua capacidade empresarial e por sua responsabilidade com a qualidade de vida da população. Portanto, na noite de hoje, a Câmara Municipal de Santos apenas traduz o sentimento dos santistas e do povo brasileiro em geral, de reconhecimento pela brilhante trajetória de 54 anos de existência de uma empresa que, como disse no início de minha fala, representa o que de melhor existe em nosso país.

Muito obrigada.