"O futuro passa pela Bacia de Santos"

Audiência presidida por Telma aproxima o tema Petróleo e Gás da população

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"O futuro passa pela Bacia de Santos. Isso tem que ficar claro. Na segunda metade da próxima década, a Bacia de Santos já vai ser a maior produtora do país. Precisamos nos preparar aqui na região”, alertou o gerente da Unidade de Negócios de Exploração e Produção da Bacia de Santos (UN-BS), José Luiz Marcusso, durante audiência pública, na Câmara de Santos. O encontro, promovido pela Comissão Especial de Vereadores sobre Petróleo e Gás da Bacia de Santos, órgão presidido pela vereadora Telma de Souza (PT), abordou uma série de dados sobre as futuras atividades no setor e destacou a necessidade de planejamento para equacionar os impactos na cidade de Santos e na região.

O gerente da UN-BS também aproveitou para anunciar que novos candidatos a um curso preparatório da Petrobras para funções necessárias à exploração de gás e petróleo na bacia santista terão mais uma oportunidade de concorrer a uma vaga a partir do próximo mês. Conforme Marcusso, em 26 de outubro será divulgado novo edital com as vagas locais, sendo que ainda não estão definidas quantas serão e para quais setores. Marcusso admitiu ainda que um futuro centro de treinamento é uma “demanda que está sendo construída”, salientando que a Petrobras tem todo o interesse em saber sobre a qualidade dos cursos que vêm sendo oferecidos no setor.

PRÉ-SAL - Durante a audiência, que contou com a presença também de sindicalistas, estudantes, dirigentes de ensino, engenheiros e técnicos da Petrobras e empresários, não faltaram  referências à proposta do marco regulatório anunciada pelo Governo Federal na véspera. Para Telma, a riqueza da nova fronteira exploratória do pré-sal deve ser revertida para a sociedade: “Queremos o país e a cidade mais ricos economicamente, e também social e culturalmente. Esse crescimento econômico deve ser acompanhado da evolução da essência do ser.”

Por sua vez, Marcusso defendeu a importância da criação de um fundo social com os recursos geados pelo pré-sal: “Muitos países que tiveram grandes descobertas não souberam gerenciar bem esses projetos, por isso a necessidade de se ter um fundo social. Uma reserva não é mera questão empresarial, é questão estratégica, de pensar no futuro do país. Temos de pensar em educação, em preservação do meio ambiente, responsabilidade social, ambiental... temos de nos preparar para gerenciar esse crescimento da produção. É estratégico, por isso um novo marco regulatório.”

INVESTIMENTOS E PRODUÇÃO – O gerente da UN-BS informou que, até 2020, incluindo a região do pré-sal, a Bacia de Santos terá recebido quase S$ 100 bilhões em investimentos (US$ 98,8 bi). As metas de produção partem de 1 mi de barris por dia, em 2017, para 1,8 mi de barris por dia, em 2020. Hoje, o país inteiro produz 2 mi de barris/dia. A meta para 2020 é algo em torno de 3,9 mi/dia.

O desenvolvimento da Bacia de Santos redundará também em um enorme desafio tecnológico a ser enfrentado em operações a longas distâncias da costa. A futura sede da empresa, no Valongo, abrigará um moderno centro de controle integrado, a partir de 2012. “É um desafio comercial e tecnológico muito grande manter e controlar uma produção a 300 quilômetros da costa. É também muita responsabilidade”, afirmou Marcusso, discorrendo sobre a tecnologia de monitoramento on line das operações, bem como sobre segurança e confiabilidade em operações.

Telma destacou a importância do apoio offshore e lembrou que propôs projeto de lei para o setor, em seu último mandato como deputada federal. O secretário de Governo de Santos, Márcio Lara, representando o prefeito João Paulo Tavares Papa, afirmou que o processo de implantação da cadeia de petróleo e gás tem sido um processo rico, na forma como vem sendo conduzido: “A Prefeitura apóia e procura desenvolver um parque tecnológico para que possamos complementar esforços, envolvendo a Agência Metropolitana (Agem), o Governo do Estado, que está elaborando uma avaliação ambiental estratégica, verificando onde poderão ser instaladas atividades de apoio, bem como dispondo sobre ações mitigadoras”. Já o vice-prefeito e secretário de Assuntos Metropolitanos de Praia Grande, Arnaldo Amaral, que também compôs a mesa, lembrou que o município abriga dutos da Petrobras e está interessado em saber sobre eventuais obras e projetos de ampliações.

Para Telma de Souza, a audiência foi importante por aproximar a população do processo de instalação da nova cadeia logística que compreende a exploração e produção de gás e petróleo na Bacia de Santos e seus reflexos imediatos e a longo prazo em toda a região da Baixada Santista.

Assessoria de Imprensa
Gabinete da Vereadora Telma de Souza
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