Na Câmara, protesto contra o aumento da tarifa

Manifestantes invadiram o plenário

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O protesto contra o aumento da tarifa do transporte coletivo, na quinta-feira (dia 13 de junho) passou pela Câmara de Santos durante a 35ª Sessão Ordinária. Os manifestantes que iniciaram o movimento na Praça Mauá percorreram as ruas do Centro até o Castelinho, sede do Legislativo, e invadiram o plenário dr. Oswaldo de Rosis.

Outros manifestantes lotaram as galerias. Um deles chegou a cuspir na direção do plenário, quase atingindo os vereadores. No grupo, muitos estavam com o rosto coberto ou usando máscaras. Sem condições de continuar o trabalho, a sessão foi suspensa.

Por cerca de dez minutos eles permaneceram dentro do plenário gritando palavras de ordem e fazendo barulho. Apesar de surpresos com a invasão, os vereadores permaneceram no recinto. Assim que o grupo foi embora, a sessão foi retomada e os trabalhos seguiram o ritmo normal.

Para o presidente da Câmara, vereador Sadao Nakai (PSDB), o principal cuidado no momento da invasão do plenário foi o de evitar confronto e excessos. Tanto que a orientação para a Guarda Municipal, que esteve na porta do Castelinho, foi apenas para acompanhar a manifestação, sem a necessidade de interferência direta no plenário.

Apesar de não ter sido registrado nenhum incidente, o episódio merece reflexão dos parlamentares. “A Casa é para manifestação democrática. Sempre estivemos abertos às manifestações. Tanto que já houve aqui várias delas. E nós sempre procuramos dar voz aos grupos que vêm à Câmara reivindicar algo, convidando as lideranças para usar a tribuna do plenário para expor as reivindicações. Isso faz parte da democracia e nós respeitamos e valorizamos esse processo”, explica Sadao.

No entanto, o que ocorreu dessa vez foi diferente, já que os manifestantes invadiram o plenário, contrariando o que diz o Regimento Interno da Câmara, artigo 169: durante as sessões, no recinto dos trabalhos não é permitido o ingresso de pessoas estranhas, “exceto funcionários da Câmara e convidados, a juízo da Mesa”.

Naquele momento, as principais preocupações eram a integridade física das pessoas e a preservação do patrimônio público. “Então foi realmente preocupante o que aconteceu, e a gente vai conversar na Mesa Diretora. Nós não podemos permitir que a Casa fique exposta a qualquer tipo de manifestação que não seja a democrática, a de ideias, de pensamentos. Esta Casa tem que discutir pensamentos para que possamos construir a cidade”.

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