Movimento de moradia reivindica na Vila Mathias

Manifesto tem apoio da vereadora Cassandra

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No último sábado, dia 20/3, cerca de 120 manifestantes de movimentos de luta por moradia se reuniram diante do terreno da União situado à Rua Comendador Martins, 161, Vila Mathias, para reivindicar sua imediata destinação para construção de moradias.

O imóvel o­nde foi realizada a manifestação foi destinado à construção de moradias populares para famílias carentes, através da Portaria N° 108/2001, do Ministério do Planejamento, juntamente com outras quatro áreas no mesmo bairro. Porém, na época da campanha eleitoral de 2004, a Prefeitura ilegalmente ce deu seu uso para a empreiteira Termaq, a mesma do escândalo da operação Santa Tereza.

O destino das demais áreas também foi desvirtuado e com o evento de sábado, os movimentos que lutam por moradia nesses locais, desde o início dos anos 90, e agora pelo cumprimento da portaria ministerial, querem marcar o início de uma fase de intensificação de suas ações, demonstrando que não vão mais esperar a boa vontade da Prefeitura.

Em encontro recente, no escritório da Secretaria do Patrimônio da União - SPU, em Santos, as lideranças dos movimentso haviam sido informadas de que o órgão federal está ultimando o processo de cessão das áreas à Prefeitura, como determina a portaria. Desta forma, ficará a Municipalidade obrigada a construir as moradias, ou devolver as áreas à União, para que esta cumpra esta finalidade.

Manifestação

Com o bordão "não é sopa, não é mel, pagar aluguel", os manifestantes marcaram com bom humor e muita determinação seu protesto pelo pouco caso das autoridades municipais.

Para Margarida Souza Teles, uma das líderes do movimento e uma das responsáveis pelo abaixo-assinado reivindicando os terrenos, entregue ao prefeito David Capistrano-PT, em 94, "este ato de sábado marca uma nova fase da luta pelos terrenos".

Primeiramente os movimentos estiveram na Câmara, depois na SPU, em Santos e em São Paulo. E conforme Pedro Vitor Costa, outra liderança da manifestação, "não vai parar por aí", pois os integrantes dos movimentos não se conformam com o fato de que grande parte dos seus membros até hoje não foi incluída em qualquer projeto habitacional municipal, embora estejam cadastrados no Conselho de Habitação há mais de 15 anos.