Na última quinta-feira, dia 29/5/08, após a sessão da Câmara, na terceira reunião realizada com os moradores da área de influência de empreendimento das construtoras Rossi e Cosil, na Rua Álvaro Alvim, 50, no Embaré, representantes destas empresas finalmente se comprometeram a estudar alternativa tecnológica ao uso de bate-estacas.

A reunião foi resultado de outras duas reuniões anteriores, realizadas em edifício daquela rua, em que moradores mobilizados relataram a vereadores das comissões que tratam dos impactos das grandes obras na Cidade e a representantes da Prefeitura, as situações de desespero por que passam, há mais de cinco meses, tempo em que estão funcionando os bate-estacas.

Na penúltima reunião, realizada na noitede quarta-feira, a grande ausência foi dos secretários municipais de obras e de meio ambiente, que haviam se comprometido a estudar formas de minimizar os transtornos da vizinhança das obras. Na reunião de o­ntem, nenhum representante da Prefeitura foi localizado para participar do encontro.

Em clima tenso, os moradores exigiram a imediata paralisação dos quatro bate-estacas que funcionam das 8 às 17 horas diariamente. Como pode ser comprovado em vistoria realizada pela equipe da Vereadora Cassandra, há realmente situações preocupantes de rachaduras, muros derrubados e manilhas solapadas nos imóveis contíguos às obras.

Além dessas situações, há relatos de vários casos de comprometimento da saúde de vizinhos. Todos são unânimes em afirmar que o pior impacto é na audição e sistema nervoso, o que fez como que alguns moradores até já tenham se mudado do local.

Pressionadas as construtoras acabaram assumindo alguns compromissos com os moradores. Seus representantes afirmaram qu vão realizar levantamento dos danos provocados pela obra no entorno, e iniciar os reparos nos casos em que não dá para aguardar a conclusão da edificação. Também será avaliada tecnicamente uma alternativa ao uso dos bate-estacas, na fase final da obra, pois ainda faltariam 50 estacas para a conclusão das fundações. Para anunciar o resultado deste estudo, nova reunião ocorrerá com os moradores e vereadores, na própria obra, na próxima terça-feira, ao meio-dia.

Os moradores exigiram, também, que para os casos mais graves, as construtoras se comprometam a bancar a hospedagem das famílias em hotéis, até que os impactos das obras sejam sanados. Ao que parece, esta proposta também deverá ser considerada pelas empresas.