"Ícones arquitetônicos devem ser preservados"

Vereadora Telma pede atenção especial

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Em atenção à preservação do patrimônio arquitetônico, a vereadora Telma de Souza, vice-líder do PT na Câmara de Santos, está solicitando ao prefeito que determine atenção e respeito aos marcos consagrados da cidade, quando da ocorrência de obras de restauro, reparação ou reconstituição. Ela se refere à amurada da Ponta da Praia, um símbolo da cidade.
 
“Adotada em diversos locais de Santos, reproduzida em vários bairros, nas cabeceiras dos canais de drenagem e na orla da praia, as amuradas da Ponta da Praia são hoje um ícone inconfundível de nossa arquitetura, de nossa paisagem e por que não, de nossa história”, ponderou Telma. Com este argumento, ela questionou sobre eventual descaracterização da paisagem. “Obras e projetos em andamento teimam em descaracterizar parte de nossa história”, afirmou.
 
Na análise da parlamentar, o referido detalhe não está sendo preservado. “Por conveniência, desleixo, esquecimento ou o que seja, este grafismo vem desaparecendo dos novos projetos, ou mesmo em remodelações. Indagamos se esta descaracterização, ainda que não fira dispositivos legais, não incorre em desapreço com a nossa cultura, com nossos arquitetos e com a história daqueles que construíram a nossa cidade”.
 
Ainda segundo ela, o mesmo processo ocorre no Paço Municipal. No local, para dar maior segurança à circulação de pessoas, foram instalados corrimões de aço escovado. “Não obstante a segurança propiciada, os equipamentos destoam e muito em relação ao estilo neoclássico do imponente Paço. A mudança do padrão de calçadas no Centro Histórico também é algo que insere-se nesta abordagem”.
 
Em sua mensagem ao prefeito, Telma relaciona história, passado cultural e identidade. “Tais atitudes, ao longo do tempo, colaboram para uma completa descaracterização da arquitetura, do paisagismo e, por fim, de nosso passado cultural. A nenhum povo interessa perder suas referências culturais, sob pena de perder-se a própria identidade. Em hipótese alguma podemos abrir mão de nossa história”.
 
Cópias do ofício foram encaminhadas à Secretaria Municipal de Infraestrutura e Edificações, ao Conselho de Defesa do Patrimônio Cultural – Condepasa e à Faculdade de Arquitetura e Urbanismo de Santos.
 
Assessoria de Imprensa
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