Homenagem à Portuguesa Santista será nesta terça (22)
Solene é pelos 50 anos da Fita Azul
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Sessão solene no clube marca os 50 anos da conquista da Fita Azul, um marco contra o apartheid no esporte
A homenagem da Câmara de Santos à Portuguesa Santista, pelos 50 anos da conquista da Fita Azul, será nesta terça-feira, às 19h00, na sede do clube, à Av. Pinheiro Machado, 240, no Marapé. Trata-se de uma sessão solene, na qual será entregue à diretoria da Briosa uma placa comemorativa pelo título e pelo que ele representou na luta contra o regime de segregação racial no esporte e no futebol mundial.
A proposta de concessão da homenagem é da vereadora Telma de Souza, líder do PT, e a sessão será presidida pelo ex-presidente do clube, Marcos de Rosis (PMDB), presidente da Câmara Municipal. O título a que se refere a homenagem foi conquistado há cincoenta anos, na África do Sul. O episódio ganhou repercussão mundial à época e é também um marco histórico por ter sido a primeira vez em que o Brasil se posicionou contra o regime de segregação racial, o apartheid.
Histórico: O ano era 1959, uma das fases mais duras do regime de segregação na África do Sul. A equipe da Portuguesa Santista viajava pelo continente africano para disputar uma série de jogos. Quando chegou à África do Sul, um representante das autoridades locais comunicou oficialmente que o time não poderia entrar em campo com os três jogadores negros constantes no elenco. Houve protesto geral dos jogadores, que não estavam acostumados ao regime de segregação. Unanimemente, os jogadores posicionaram-se contra aquela orientação. “Ou jogam todos ou ninguém joga”, afirmavam. O fato foi relembrado durante este ano, por meio de reportagens da Globo News.
O episódio teve grande repercussão e, do Brasil, o presidente Juscelino Kubitschek determinou que a equipe não entrasse em campo e deixasse imediatamente aquele país. A Portuguesa Santista não realizou aquela partida, mas venceu todos os outros jogos que disputou, ganhando na época a honraria que foi chamada de Fita Azul.
O acontecimento - a primeira vez em que os brasileiros se posicionaram oficialmente contra o regime segregacionista - abalou a diplomacia entre Brasil e a África do Sul, e ficou registrado com um marco na luta contra o apartheid no esporte. Aquele país foi banido da Fifa – Federação Internacional de Futebol, em 1976, tendo sido readmitido somente em 1992.
“A homenagem à Associação Atlética Portuguesa, a nossa Briosa, por um relevante feito esportivo, é também uma oportunidade de resgatar a dedicação da comunidade portuguesa à criação de uma agremiação que tantas glórias deu à cidade e ao país, bem como de salientar o trabalho e o amor que essa mesma comunidade e seus descendentes dedicaram ao crescimento de Santos”, afirmou Telma ao convidar a comunidade para o evento.
Assessoria de Imprensa
Gabinete da Vereadora Telma de Souza (PT)
3211 4100 - 3219 3888
A homenagem da Câmara de Santos à Portuguesa Santista, pelos 50 anos da conquista da Fita Azul, será nesta terça-feira, às 19h00, na sede do clube, à Av. Pinheiro Machado, 240, no Marapé. Trata-se de uma sessão solene, na qual será entregue à diretoria da Briosa uma placa comemorativa pelo título e pelo que ele representou na luta contra o regime de segregação racial no esporte e no futebol mundial.
A proposta de concessão da homenagem é da vereadora Telma de Souza, líder do PT, e a sessão será presidida pelo ex-presidente do clube, Marcos de Rosis (PMDB), presidente da Câmara Municipal. O título a que se refere a homenagem foi conquistado há cincoenta anos, na África do Sul. O episódio ganhou repercussão mundial à época e é também um marco histórico por ter sido a primeira vez em que o Brasil se posicionou contra o regime de segregação racial, o apartheid.
Histórico: O ano era 1959, uma das fases mais duras do regime de segregação na África do Sul. A equipe da Portuguesa Santista viajava pelo continente africano para disputar uma série de jogos. Quando chegou à África do Sul, um representante das autoridades locais comunicou oficialmente que o time não poderia entrar em campo com os três jogadores negros constantes no elenco. Houve protesto geral dos jogadores, que não estavam acostumados ao regime de segregação. Unanimemente, os jogadores posicionaram-se contra aquela orientação. “Ou jogam todos ou ninguém joga”, afirmavam. O fato foi relembrado durante este ano, por meio de reportagens da Globo News.
O episódio teve grande repercussão e, do Brasil, o presidente Juscelino Kubitschek determinou que a equipe não entrasse em campo e deixasse imediatamente aquele país. A Portuguesa Santista não realizou aquela partida, mas venceu todos os outros jogos que disputou, ganhando na época a honraria que foi chamada de Fita Azul.
O acontecimento - a primeira vez em que os brasileiros se posicionaram oficialmente contra o regime segregacionista - abalou a diplomacia entre Brasil e a África do Sul, e ficou registrado com um marco na luta contra o apartheid no esporte. Aquele país foi banido da Fifa – Federação Internacional de Futebol, em 1976, tendo sido readmitido somente em 1992.
“A homenagem à Associação Atlética Portuguesa, a nossa Briosa, por um relevante feito esportivo, é também uma oportunidade de resgatar a dedicação da comunidade portuguesa à criação de uma agremiação que tantas glórias deu à cidade e ao país, bem como de salientar o trabalho e o amor que essa mesma comunidade e seus descendentes dedicaram ao crescimento de Santos”, afirmou Telma ao convidar a comunidade para o evento.
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