Explosão de dengue leva estados a declararem emergência

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A crescente incidência de casos de dengue em várias regiões do Brasil levou pelo menos quatro estados e o Distrito Federal a decretarem situação de emergência em saúde pública. A situação mais recente ocorreu em Goiás, que emitiu o decreto na última sexta-feira (2). Segundo dados da Secretaria de Saúde, o estado registrou um aumento de 58% nos casos de dengue em comparação com o mesmo período do ano anterior, totalizando 22.275 casos e duas mortes confirmadas.

O governo de São Paulo confirmou quatro mortes por dengue no estado desde o início do ano e criou um Centro de Operação de Emergências. As mortes registradas foram em Pindamonhangaba, Bebedouro e Guarulhos.

Minas Gerais também enfrenta uma situação preocupante, com 64.724 casos prováveis e 23.389 casos confirmados de dengue até o dia 29 do mês passado. Além disso, um óbito foi confirmado e outros 35 estão em investigação.

No Distrito Federal, onde o decreto foi publicado em 25 de janeiro, o boletim epidemiológico mais recente revela 29.492 casos prováveis de dengue nas primeiras quatro semanas do ano, juntamente com seis mortes relacionadas à doença.

Essas medidas emergenciais destacam a gravidade da situação e a necessidade de ações imediatas para combater a proliferação do mosquito transmissor da dengue e proteger a saúde da população.

Para ajudar a controlar o avanço da doença, a Prefeitura de Santos distribuiu pela cidade cerca de 480 armadilhas de monitoramento do mosquito transmissor, o Aedes aegypti. A cada semana as armadilhas são vistoriadas por agentes de Combate às Endemias da Secretaria Municipal de Saúde (SMS). Com isso, é possível verificar o índice de infestação vetorial de cada bairro, conforme pode ser visualizado neste mapa.

As autoridades sanitárias pedem que a população colabore para eliminar locais que possam acumular água e ajudar a proliferar o Aedes aegypti. Veja o check list para eliminar possíveis criadouros do mosquito:
 
Área interna/externa
  • Vasos de Plantas - verificar os vasos, pratos sob os vasos, pingadeiras etc., com ou em condições de acumular água. Eliminar a água acumulada.
  • Pia - verificar vazamentos que possam acumular água no interior da pia ou sobre a pedra. Eliminar o vazamento e manter o ralo vedado.
  • Ralos no chão - verificar os ralos, inclusive sob a pia, e tampá-los com plástico, caso não sejam do tipo abre-e-fecha.
  • Bandeja externa de geladeira - Verificar se há acúmulo de água, limpar e manter seca.
  • Filtros de água e outros recipientes com água - verificar os filtros de água mineral, eliminar a água acumulada no suporte para o copo e manter o recipiente seco. As talhas de água e moringas devem ser mantidas tampadas. Os bebedouros de animais devem ser higienizados com bucha e sabão, uma vez por semana.
  • Vazamentos - verificar a presença de vazamentos junto a qualquer fonte de água e eliminá-los.
Banheiros
  • Vaso Sanitário - manter tampado. Na falta de tampa, usar um saco de lixo, prendendo-o com fita adesiva, se estiver sem uso.
  • Ralos - verificar os ralos, no box, chão e sob o lavatório. Mantê-los tampados se estiverem sem uso. Utilizar plástico, caso não sejam do tipo abre-fecha para evitar a criação de mosquitos.
  • Caixas de descarga - verificar as caixas de descarga, tendo cuidado especial com a tampa. Em caso de falta da tampa, vedar com plástico e fita adesiva.
Área de Serviço
  • Tanque - verificar a ocorrência de vazamentos que possam acumular água. Eliminar o vazamento e manter o ralo tampado com tampa própria se estiver sem uso.
  • Ralos no chão - verificar os ralos, inclusive sob o tanque e tampá-los com plástico, caso não sejam do tipo abre-fecha ou próprios para evitar a criação de mosquitos.
  • Vasos de plantas - verificar os vasos, pratos sob os vasos, pingadeiras etc., com ou em condições de acumular água. Eliminar a água acumulada.
  • Outros tipos de recipiente - verificar a presença de baldes, latas, potes. Mantê-los secos e emborcados para não acumularem água da chuva. Caso sejam inservíveis, colocá-los para a coleta pública.
Área externa
  • Garrafas - eliminar a água e mantê-las emborcadas. Se forem descartáveis, colocar para coleta.
  • Calhas e lajes - Caso não seja possível verificar se acumulam água, procurar identificar sinais de umidade. Em caso afirmativo, providenciar a resolução do problema.
  • Vasos de plantas - verificar a presença de vasos, pratos sob o vaso, pingadeiras etc., com ou em condições de acumular água. Eliminar os pratos ou pingadeiras.
  • Caixas d'água - verificar a condição das tampas. Solicitar a reposição daquelas ausentes ou quebradas. Evitar tampas improvisadas (telhas de amianto, tábuas etc.). Estas devem ser removidas e substituídas por tampa própria ou tela para vedação.
  • Fontes ornamentais, piscinas - verificar a presença de organismos vivos dentro da água. Podem ser larvas de mosquitos. Solicitar a visita do controle de vetores municipal.
  • Recipiente natural (ocos de árvores, oco de bambu, bromélias e outros) - providenciar a eliminação de água acumulada. No caso de bromélias, usar mangueira com esguicho uma vez por semana.
  • Outros tipos de recipiente - verificar a presença de latas, potes, restos de construção ou de pintura. Eliminar a água acumulada e colocá-los para a coleta pública ou providenciar sua remoção.
Até o momento, Santos não registrou neste ano nenhum caso de dengue ou de chikungunya, também transmitida pelo Aedes aegypti. Em 2023, o município contabilizou 568 casos de dengue e 44 de chikungunya.

Ainda não existe tratamento específico para a dengue. Em caso de suspeita - sintomas como febre, náuseas e vômitos, manchas vermelhas pelo corpo, dores nas juntas e no corpo - é fundamental procurar um profissional de saúde para o correto diagnóstico, porém a dengue só é confirmada através de sorologia, que deve ser coletada após o 6º dia de início de sintomas. 

*Com informações da Prefeitura de Santos
Foto: Arquivo/PMS

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