Emoção marca homenagem a Esmeraldo Tarquínio

Homenagem póstuma foi realizada na sexta-feira, na Sala Princesa Isabel, com a concessão do título de Cidadão Santista, por iniciativa do vereador Noé de Carvalho, já falecido.

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Atendendo a pedidos de familiares e amigos de Esmeraldo Tarquínio - prefeito eleito em 1968 e cassado pelo regime militar 48 horas antes de tomar posse -, a vereadora Suely Morgado (PT) propôs a concessão póstuma do título de Cidadão Santista ao ex-vereador e ex-deputado estadual, que se transformou em símbolo do inconformismo da população santista com a ditadura militar instaurada no País.

A homenagem in memorian foi realizada na última sexta-feira, na Sala Princesa Isabel. O título havia sido aprovado em 1980, por iniciativa do vereador Noé de Carvalho, já falecido. Entretanto, a cerimônia de entrega não chegou a ser realizada na época e Esmeraldo veio a falecer dois anos depois.

Nascido em São Vicente, Esmeraldo completaria 80 anos no último dia 12 de abril, daí o movimento de familiares e amigos para que o Legislativo outorgasse a honraria póstuma.

Para a vereadora Suely, “a finalidade foi resgatar o desejo dos santistas de torná-lo legítimo filho desta terra, como reconhecimento pela sua brilhante trajetória política, brutalmente interrompida pelo AI-5 por dez anos e encerrada definitivamente com sua morte em plena campanha para reeleição à Assembléia Legislativa”.

Esmeraldo foi vereador de 1959 a 1962 e depois elegeu-se deputado estadual, cargo para o qual foi reeleito em 1966. Disputou e venceu as eleições para a Prefeitura em 1968, mas não chegou a assumir, porque foi cassado em 13 de março de 1969. Já com os direitos políticos recuperados, Esmeraldo lançou-se em nova campanha para deputado estadual, mas sofreu aneurisma cerebral e após 20 dias de internação hospitalar, veio a morrer em 10 de novembro de 1982.

Durante a solenidade, foi apresentado vídeo com depoimento de pessoas que participaram da trajetória profissional e política de Esmeraldo Tarquínio, entre eles: os jornalistas Salomão Ésper e José Paulo de Andrade, o ex-governador de São Paulo Orestes Quércia, Oswaldo Martins, dentre outras personalidades.

Discursaram, além da oradora Suely Morgado, o médico Fausto Figueira, o advogado Tributarista, Rubens Miranda de Carvalho, o secretário de Cultura, Carlos Pinto (representante do prefeito João Paulo Tavares Papa) e, finalmente, seu filho Esmeralto Neto.

O herdeiro fez questão de questão de relatar toda história do pai, diante de todos os percalços por quais passou, entre eles uma carta a "Esmeraldinho".