Santos conta com um moderno cemitério vertical – Necrópole Memorial Ecumênica - inaugurado em 1984, dotado de crematório, que é, sem dúvida o sistema mais adequado para centros urbanos com grande adensamento populacional. Infelizmente apenas uma pequena parcela da população consegue arcar com os altos custos de um sepultamento na Necrópole Memorial Ecumênica, assim como é de alto custo o uso de seu crematório.

Conforto, tecnologia, arquitetura paisagística de primeiro mundo custam caro e são inacessíveis para a maioria dos santistas, analisa o vereador.   Quem optar pela cremação, terá que desembolsar R$ 5.800,00 ou R$ 2.800.00 se já tiver título de compra de lóculo, sem contar o preço das urnas e pelo espaço no cinerário, cuja ocupação fica entre R$ 600.00 a R$ 2.800,00. 

Ali se paga o valor do m2, pelo arrojo de um cemitério de 14 andares, pelo sistema de depuração de necrochorume, sem contar serviços de assistência psicológica, fundo musical, e até velório on line, novidade introduzida há pelo menos 5 anos. Já existe novo edifício em construção, equivalente a um prédio de 40 andares, totalizando 25 mil lóculos entre as novas vagas e as já disponíveis.   A Necrópole virou até ponto turístico. figurando no livro de recordes (GuinessBook) como o cemitério vertical mais alto do mundo. 

A Cidade possui, de um lado, o que existe de mais avançado em cemitérios, num empreendimento particular, e de outro, cemitérios públicos ultrapassados, espremidos em bairros residenciais e defasados em tecnologia como filtros biológicos e outras exigências ambientais.  São, portanto, equipamentos poluidores de fontes hídricas pelo vazamento do necrochorume oriundos das campas. E responsáveis por focos de milhões de baratas, ratos e mosquitos entre os quais o transmissor da dengue.

¨Sabemos que o tema da cremação de cadáveres ainda é encarado como tabu para algumas pessoas, mas uma prática cada vez mais aceita pela população de grandes cidades¨, conclui o vereador em seu trabalho. ¨Em respeito à tradição, cultura e religiosidade do povo brasileiro a cremação jamais seria compulsória, e sim ordenada por uma legislação que contemplasse vários aspectos religiosos e jurídicos-legais. É dentro dessa linha de pensamento que defendemos a instalação de forno crematório municipal¨.