Combate à homofobia será debatido em audiência
Encontro acontece hoje às 18h na Câmara
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Com o tema Homofobia Nunca Mais, será realizada em 2/09/09, às 18h, na Sala Princesa Isabel, do Paço Municipal, a primeira Audiência Pública da recém-criada Comissão Especial de Vereadores – CEV para os Direitos Humanos. Presidida por Telma de Souza, líder do PT na Câmara santista, trata-se da mais nova frente de ação a ser encabeçada pela parlamentar.
“É muito oportuno que debatamos este tema na Câmara. Ao passo em que a sociedade amadurece e as liberdades individuais se consolidam, os poderes, em todos os níveis, devem promover as garantias de manifestação de credo, crença, opinião ou quaisquer outras formas de expressão. São questões de liberdade, identidade e dignidade”, afirmou Telma.
O escritor, crítico literário, intelectual e ativista Flávio Viegas Amoreira será um dos convidados da audiência. O tema é originado a partir de um artigo de sua autoria, publicado recentemente no jornal A Tribuna. “Junho de 69: o homem chegava à Lua, mas estávamos a mil anos-luz na luta contra o preconceito ao amor que não ousava (ainda) dizer seu nome. Em Nova York, um grupo gay se reunia num bar do Village para chorar a morte de seu ícone: Judy Garland. Diante da pressão policial, começou o primeiro levante anti-homofobia e pelos direitos GLS (gays, lésbicas e simpatizantes) organizado: a batalha de Stonewall”, relata Amoreira em seu artigo.
O escritor comenta o início da luta que se estende aos dias de hoje. “Durante dois dias, intelectuais e militantes promoveram verdadeira guerrilha urbana contra a repressão ao legítimo desejo entre iguais. A imprensa, comandada pelo The New York Times, e escritores libertários, encamparam a causa e estava começando a virada pró-igualdade de expressão pública e legitimação social da homossexualidade. Em São Francisco, Londres e até no Brasil debaixo de ditadura, ao lado do feminismo e dos movimentos contra a discriminação racial, fechava-se o cerco contra a milenar perseguição moral, psíquica e institucional aos homossexuais”.
A audiência atende também a uma solicitação de militantes filiados à LOBAS - Lésbicas Organizadas da Baixada Santista. “Solicitamos audiência para começarmos a discutir políticas públicas para nossa comunidade LGBT (lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transgêneros) e lembrarmos que a data de 17 de maio é o Dia Contra a Homofobia, já institucionalizada em várias cidades e estados”, afirma Jane Pantel, dirigente da Lobas. Segundo ela, existe uma invisibilidade e uma violência silenciosa contra a homossexualidade. “Precisamos traçar um plano de combate direto a essa situação de vulnerabilidade. Em nossas cidades, a população LGBT sequer se vê como cidadãs e cidadãos”, afirma.
Além de militantes da causa, estão sendo convidados artistas, ativistas, autoridades e a população em geral. Além da vereadora Telma de Souza, presidente, fazem parte da Comissão de Direitos Humanos os vereadores Arlindo Barros e Braz Antunes Matos.
Assessoria de Imprensa
Gabinete da Vereadora Telma de Souza
Fones: 3219 3888 - 3211 4100
“É muito oportuno que debatamos este tema na Câmara. Ao passo em que a sociedade amadurece e as liberdades individuais se consolidam, os poderes, em todos os níveis, devem promover as garantias de manifestação de credo, crença, opinião ou quaisquer outras formas de expressão. São questões de liberdade, identidade e dignidade”, afirmou Telma.
O escritor, crítico literário, intelectual e ativista Flávio Viegas Amoreira será um dos convidados da audiência. O tema é originado a partir de um artigo de sua autoria, publicado recentemente no jornal A Tribuna. “Junho de 69: o homem chegava à Lua, mas estávamos a mil anos-luz na luta contra o preconceito ao amor que não ousava (ainda) dizer seu nome. Em Nova York, um grupo gay se reunia num bar do Village para chorar a morte de seu ícone: Judy Garland. Diante da pressão policial, começou o primeiro levante anti-homofobia e pelos direitos GLS (gays, lésbicas e simpatizantes) organizado: a batalha de Stonewall”, relata Amoreira em seu artigo.
O escritor comenta o início da luta que se estende aos dias de hoje. “Durante dois dias, intelectuais e militantes promoveram verdadeira guerrilha urbana contra a repressão ao legítimo desejo entre iguais. A imprensa, comandada pelo The New York Times, e escritores libertários, encamparam a causa e estava começando a virada pró-igualdade de expressão pública e legitimação social da homossexualidade. Em São Francisco, Londres e até no Brasil debaixo de ditadura, ao lado do feminismo e dos movimentos contra a discriminação racial, fechava-se o cerco contra a milenar perseguição moral, psíquica e institucional aos homossexuais”.
A audiência atende também a uma solicitação de militantes filiados à LOBAS - Lésbicas Organizadas da Baixada Santista. “Solicitamos audiência para começarmos a discutir políticas públicas para nossa comunidade LGBT (lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transgêneros) e lembrarmos que a data de 17 de maio é o Dia Contra a Homofobia, já institucionalizada em várias cidades e estados”, afirma Jane Pantel, dirigente da Lobas. Segundo ela, existe uma invisibilidade e uma violência silenciosa contra a homossexualidade. “Precisamos traçar um plano de combate direto a essa situação de vulnerabilidade. Em nossas cidades, a população LGBT sequer se vê como cidadãs e cidadãos”, afirma.
Além de militantes da causa, estão sendo convidados artistas, ativistas, autoridades e a população em geral. Além da vereadora Telma de Souza, presidente, fazem parte da Comissão de Direitos Humanos os vereadores Arlindo Barros e Braz Antunes Matos.
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