Uma comissão permanente formada por representante de órgãos públicos ligados a área de transporte e moradores vai discutir sob a coordenação da AGEM, num prazo de 60 dias, alguma solução que viabilize o ingresso de coletivos da Translitoral em Monte Cabrão. Essa foi praticamente a única decisão tomada em relação ao tema, na audiência pública promovida no dia (1/09/09) à noite, em Monte Cabrão por iniciativa da CEV – Comissão Especial de Vereadores - que acompanha a atenção dispensada pelo poder público a Área Continental. Uma nova reunião sobre o assunto está prevista para o dia 4 de novembro em Monte Cabrão.
Não faltaram autoridades da área de Transportes na audiência realizada num imóvel cedido pela Codesp à Prefeitura. Estavam ali representantes da CET, do DER, da Artesp – da Translitoral, da Ecovias, da EMTU, sem contar representantes da AGEM, classe política, Administrador da Área Continental e Sociedade de Melhoramentos de Monte Cabrão. Foram muitos os argumentos em prol de ações efetivas que viabilizem o ingresso dos ônibus intermunicipais nesse bairro da área continental (onde vivem cerca de 200 famílias) , com pouca estrutura pública.
O difícil está sendo encontrar uma solução que contemple os impedimentos legais ou administrativos para a construção de rotatória (ou trevo) na entrada do bairrro e os interesses financeiros da Translitoral que até defendeu aumento das tarifas se tiver que ingressar com seus coletivos no bairro, conforme expôs o gerente operacional Luiz Antonio Nunes Conceição. Também não foi tarefa fácil para a população vencer os argumentos técnicos daqueles que acham perigoso um ônibus cruzar a estrada mas não se interessam pelos riscos de cadeirantes, idosos, grávidas e crianças atravessarem a pista, conforme denunciaram o presidente da Sociedade de Melhoramentos, Nívio Gonçalves Carvalho e o vereador Furtado.
Nívio lembrou que já houve 8 reuniões para discutir o assunto no bairro com a presença da CET e EMTU , havendo parecer contrário da Ecovias, que considera irregular o acesso embaixo da ponte . Ou seja, todas as reuniões até o momento realizadas com órgãos técnicos foram infrutíferas. Prevalece a opinião de que os ônibus que procedem de Bertioga não podem cruzar a estrada para entrar no bairro.
Por essa razão a população é obrigada a descer na Rodovia Cônego Domênico Rangoni (Rio-Santos), atravessar a pista (não há passarela) e ainda caminhar cerca de um quilômetro em vicinal cheia de buracos até que surjam as primeiras casas. O vereador Benedito Furtado (PSB) que preside a CEV assim com o presidente da Sociedade de Melhoramentos de Monte Cabrão, Nívio Gonçalves Carvalho lembraram casos de estupro, quedas, assaltos que ocorrem no trecho, em razão do percurso à pé pela rodovia e pela via de acesso ao bairro.
No entender dos representantes do Departamento de Estradas de Rodagem em Cubatão, Orlando Morgado Jr. (diretor) e engenheiro Dimer Fatori Neto seria possível a entrada de ônibus, quando seguem na mesma mão de direção da Rodovia. Já quando procedem de Bertioga a única solução segura seria o retorno dos ônibus num trevo existente na antiga rodovia Piaçaguera. Isso porque, segundo o DER, questões de normas técnicas de segurança impedem a construção do trevo na entrada do bairro.
Já para Furtado, o objetivo da audiência não foi discutir normas e sim buscar solução conjunta. ¨Fizeram trevo na pedreira porque então não fazem na entrada do bairro¨, questionou o vereador , lembrando que na mão de direção, o ingresso de ônibus no bairro depende unicamente da empresa Translitoral. Para o diretor regional da EMTU, Rogério Plácido, todas as situações devem ser analisadas razão pela qual estimulou a formação de uma comissão das instituições e moradores para apresentar alguma solução num prazo de 60 dias, sob a coordenação da AGEM que foi representada no encontro por Luiz Carlos Rachid.. Foi fixado a data da próxima reunião para 4 de novembro próximo.
SANEAMENTO X REGULARIZAÇÃO FUNDIÁRIA
O encontro também discutiu o anseio da população de Monte Cabrão pela rede de saneamento básico, embora qualquer obra dependa antes da realização da regularização fundiária, conforme explicou o gerente de área da Sabesp, engenheiro João César. ¨A Sabesp vem realizando alguns projetos para área continental mas antes de qualquer obra tem que ser feita a regularização fundiária¨. Ele garantiu que a Prefeitura vem trabalhando junto ao Governo do Estado e a União nesse sentido, tanto que em Caruara esse processo de regularização já está bem adiantado e logo começarão os trabalhos em Monte Cabrão.
O Administrador Regional da Área Continental, Cel. Trovão confirmou que a questão está em estudos pela Secretaria de Planejamento, sendo que antes cabe a SPU definir o que é área da União, procedendo-se ainda a elaboração de mapa ambiental. Segundo Trovão, a Defesa Civil também está envolvida no estudo já que há 49 casas em áreas de risco, não sendo viável construção de rede de esgoto nesses locais. Na audiência prevista para 4 de novembro será incluído o tema da regularização fundiária e questão da política habitacional conforme explicou Furtado aos moradores, devendo ser convidados técnicos da Secretaria de Planejamento e o presidente da COHAB pra esclarecer dúvidas dos moradores.
MUTIRÃO DE CASTRAÇÃO
Durante o encontro o vereador Furtado, que preside a ONG Defesa da Vida Animal abordou a importância do conceito de controle populacional de animais, tendo em vista o mutirão de castração que está previsto para ser realizado no bairro no dia 27 de setembro. No dia 23 de setembro serão feitos os cadastros dos interessados e passadas as noções do pré e pós operatório de cães e gatos pela ONG.
Vereador Benedito Furtado (PSB)
Gabinete: Rua XV de Novembro, 103 – 1º andar – sala 2 – Santos
Fones: 0xx13 3211-4118 e 3219.3850
www.beneditofurtado.com.br
gabinete@beneditofurtado.com.br