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Mudança pode se tornar definitiva (Jornal A Tribuna - 15/03/2007).

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Quinta-Feira, 15 de Março de 2007, 07:25
Mudança pode se tornar definitiva
Da Reportagem

A transferência do Hospital e Maternidade Silvério Fontes para o Complexo Hospitalar da Zona Noroeste, que deveria ser provisória, poderá se tornar definitiva. A possibilidade foi levantada pelo vereador Manoel Constantino (PMDB) durante audiência pública realizada ontem na Câmara. E o secretário municipal de Saúde, Odílio Rodrigues Filho, prometeu estudar a idéia.

Constantino, que tem sua base eleitoral na Zona Noroeste, defendeu a permanência da maternidade naquela região da Cidade. ‘‘A ZN é a área de Santos onde vivem as pessoas com menor poder aquisitivo. Muitas vezes as mulheres não têm nem o dinheiro da passagem do ônibus para se deslocar até a Zona Leste, onde funcionava o Silvério Fontes’’.

O secretário de Saúde disse que está fazendo um estudo de fluxo dos partos realizados em toda a Cidade para saber a demanda real da Zona Noroeste: ‘‘O assunto precisa ser aprofundado, além disso, temos que ouvir a comunidade’’.

Rodrigues Filho garantiu que, independente da permanência da maternidade no Complexo Hospitalar da ZN, a Cidade continuará com as duas unidades de saúde em funcionamento. ‘‘Poderemos manter a maternidade na ZN e reformar a antiga sede do Silvério Fontes (na Encruzilhada) para abrigar um hospital geral’’, disse o secretário.

Conforme Rodrigues Filho, com a transferência de endereço, a maternidade municipal foi favorecida com maior número de leitos e salas de cirurgia.
Degradação

A alteração de endereço da maternidade — da Rua Barão de Paranapiacaba, 241, na Encruzilhada, para o Hospital Arthur Domingos Pinto, na ZN — seria por tempo limitado, como alternativa até que a reforma na edificação original fosse concluída. O estado de degradação do prédio foi retratado em reportagem de A Tribuna, publicada na edição de 13 de janeiro deste ano.

A intenção da Prefeitura era realizar uma reforma e ampliação do prédio. Apesar do projeto ter sido aprovado pelo Ministério da Saúde em 2005 e 2006, a verba, de R$ 2 milhões 200 mil, não foi liberada. 

A secretaria, então, montou um novo projeto de reforma, mais modesto, estimado em aproximadamente R$ 1,5 milhão. Mas, ainda não conseguiu as verbas necessárias para a realização dos serviços. 

A intenção da Administração Municipal era disponibilizar recursos próprios, através de remanejamento do orçamento, ou junto à iniciativa privada para executar a obra. ‘‘Mas vamos aguardar a definição do nome do novo ministro da Saúde para irmos até Brasília solicitar os recursos para a reforma’’, disse o secretário.

A vereadora Suely Morgado (PT), presidente da Comissão Permanente da Saúde da Mulher na Câmara, disse que está disposta a ajudar a Prefeitura a buscar recursos para as obras no Silvério Fontes. 

‘‘Telefonei ao Ministério da Saúde e eles me garantiram que se o projeto de reforma for reapresentado até o final de abril, eles se comprometem a agilizar a liberação da verba’’, disse a parlamentar, que convocou a audiência para acompanhar o andamento das obras da unidade hospitalar.