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Sindicatos querem retomar negociações com a Prefeitura (Jornal A Tribuna - 16/02/2007).

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Sexta-Feira, 16 de Fevereiro de 2007, 08:07
Sindicatos querem retomar negociações com a Prefeitura
Da Reportagem

Decididos a continuar lutando por um índice maior de reajuste para os servidores municipais de Santos, os dirigentes do Sindicato dos Servidores (Sindserv) e do Sindicato dos Estatutários (Sindest) querem retomar as negociações com a Prefeitura para que as propostas avancem na direção de um consenso.

As decisões das assembléias realizadas quarta-feira pelos dois sindicatos, recusando a proposta da Prefeitura, não foi comunicada oficialmente aos representantes do Governo que ficaram sabendo das deliberações dos servidores pela Imprensa.

Os sindicalistas explicaram que essa providência não foi adotada porque havia a informação do prefeito João Paulo Tavares Papa de que ontem seria enviada à Câmara a mensagem com a proposta oficial de reajuste salarial. ‘‘Mas, vamos fazer a comunicação oficial amanhã (hoje)’’, disse o presidente do Sindest, José Roberto Mota.

O dirigente sindical considera que o fato de o prefeito não ter enviado a mensagem à Câmara, ontem, é um sintoma de que o Governo continua aberto ao diálogo. Na sua opinião, o debate é positivo.

‘‘É muito difícil para os diretores do sindicato traduzirem o pensamento de 11 mil servidores. Recebemos muitas críticas e até xingamentos nas assembléias porque todos cobram soluções imediatas nas negociações com o Governo’’.
Mota entende que a categoria deu o maior voto de confiança ao prefeito no ano passado, quando da aprovação da implantação do Instituto de Previdência.

‘‘Reconhecemos o esforço do prefeito para valorizar os servidores, ao contrário de outros que viraram as costas para a categoria. Porém, esperamos que ele tenha sensibilidade para a situação dos funcionários e aprove a incorporação total do abono aos salários, o que iria beneficiar desde o ajudante-geral até o profissional que tem nível universitário’’.

Reunião
Ontem de manhã, os representantes dos dois sindicatos se reuniram com o presidente da Câmara, Marcus De Rosis, para discutir o impasse nas negociações com a Prefeitura. Os sindicalistas foram chamados pelo vereador, que se comprometeu a avaliar junto à Administração a possibilidade de apresentação de uma proposta intermediária que atenda aos interesses das duas partes.

O diretor do Sindserv, Wagner Gatto, revelou que o plebiscito entre os integrantes da categoria, aprovado na assembléia de quarta-feira, será iniciado hoje. O objetivo é ouvir a maioria dos servidores sobre as propostas apresentadas nas reuniões de negociação da campanha salarial.

Ele disse que não há o que contestar no índice oferecido pela Prefeitura, que chega a 6,51% computando-se o reajuste de 14% no auxílio-alimentação. ‘‘Nós não questionamos esse número. O nosso grande problema é o desconto para o Instituto de Previdência, que vai fazer esse índice cair para 1,5%’’, disse o sindicalista.