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Sede própria vai ser anunciada... (A Tribuna: 04/01/2007).

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Quinta-Feira, 4 de Janeiro de 2007, 09:25

Sede própria vai ser anunciada em 45 dias

Da Reportagem

Em um mês e meio, a Mesa Diretora da Câmara e o prefeito João Paulo Tavares Papa (PMDB) vão anunciar o endereço da sede definitiva do Legislativo. Nos últimos seis anos, os vereadores estão com gabinetes no imóvel (alugado) de número 103/109 da Rua XV de Novembro, no Centro, que custa aos cofres municipais R$ 52 mil por mês.

O novo presidente da Câmara, Marcus De Rosis (PMDB), afirmou ontem que ele e o prefeito estão de olho em alguns imóveis e terrenos no Centro Histórico de Santos. Como é de praxe, para não atrapalhar as negociações, os endereços em vista são mantidos sob sigilo.

‘‘Queremos uma sede moderna, compatível com a necessidade do Legislativo, para que possa atender bem aos munícipes’’, comentou De Rosis.

Parte do dinheiro para a compra ou construção da sede da Câmara já está nos cofres municipais: ao encerrar sua gestão como presidente do Legislativo, Paulo Gomes Barbosa (PSDB) devolveu, no final de dezembro, R$ 3 milhões 151 mil à Prefeitura — é o Executivo que custeia os gastos do Legislativo.

Como a Mesa Diretora da Câmara ainda não se reuniu para discutir o tema, há alguns pontos divergentes. O presidente diz que não aguenta mais as reclamações dos demais vereadores com relação ao atual anexo da Casa. ‘‘É um imóvel ultrapassado, cheio de goteiras. Quando chove, os vereadores reclamam com razão que cai água nos equipamentos. Não dá mais para ficarmos lá’’.

Outra crítica feita pelo novo presidente do Poder Legislativo é a de que no imóvel alugado, os gabinetes têm tamanhos diferentes, o que gera ciumeira entre os parlamentares. ‘‘Uns têm banheiros, outros não. Um prédio novo teria todos os gabinetes padronizados, com o mesmo tamanho’’.

Já o segundo secretário do Legislativo, Fábio Alexandre Nunes, o Professor Fabião (PSB), entende que o imóvel alugado na Rua XV de Novembro está nesta situação exatamente por falta de investimento.

Fabião e De Rosis têm como consenso que a sede definitiva deve estar pronta até o fim dos trabalhos desta Mesa Diretora — em dezembro de 2008. A se definir se a Prefeitura vai comprar um imóvel já pronto ou bancar a construção de uma sede.

De Rosis deixou claro que sua opção é pela construção de uma sede, dando a entender que não gosta muito da idéia de ocupar um imóvel já pronto. Fabião, por outro lado, gostaria de ver um imóvel tradicional do Centro Histórico recebendo um ‘‘choque do novo’’ (elementos novos de Arquitetura sobre um prédio histórico).

Outro ponto em comum entre o presidente e o segundo secretário do Legislativo: ambos entendem que o valor já gasto com aluguel no anexo já daria para a compra ou construção da sede definitiva. ‘‘É uma novela que precisa ter um fim. Espero que com um final feliz’’, assinalou Fabião.

Ambos também defendem que o local que abrigará a sede definitiva deve ter um plenário para as sessões ordinárias da Câmara, deixando a Sala Princesa Isabel (no primeiro andar do Paço Municipal) reservada às sessões solenes.