CEV analisa danos aos moradores da Ilha Diana

Parlamentares conversaram com pescadores

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Na última quarta-feira (dia 20 de julho), membros da Comissão Especial de Vereadores (CEV) que fiscaliza e apura o impacto ambiental da construção do terminal da Embraport na Área Continental de Santos, visitaram os moradores da Ilha Diana e navegaram pelas águas do Rio Furado, para verificar os danos ambientais que a obra causa à população do local e ao meio ambiente.

João Rodrigues, morador e pescador da Ilha há mais de 20 anos, acompanhou a visita e comentou os danos à pesca artesanal desde o início das obras do terminal da Embraport. “Os pescadores não acham mais camarão e os peixes estão mortos pela máquina que utilizam para fazer a dragagem”, esclarece Rodrigues que vê como solução a utilização de outro tipo de draga, sem motor, que mate menos peixes.

De acordo com o presidente da CEV, vereador Odair Gonzalez (PR), a visita e a conversa com os pescadores do Rio Furado contribuíram para embasar a audiência pública que promoverá no mês que vem. “Desde a criação da CEV, o ano passado, já dizíamos que esse seria o maior crime ambiental consentido de Santos. Agora que aconteceu o que prevíamos, a ideia é reunir os membros da CEV, no início de agosto, e convidar entidades de esferas municipais, estaduais e federais, como também moradores e organizações ambientais para debater a problemática”.

Bairro

Localizado na Área Continental de Santos, o local começou a ser povoado na década de 40, por cinco famílias de pescadores que ali se estabeleceram após a construção da Base Aérea de Santos. Atualmente, o bairro Ilha Diana tem cerca de 260 pessoas ocupando 53 casas. Os habitantes vivem,  predominantemente, da pesca artesanal comercializada em Vicente de Carvalho, no Guarujá.