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CEI recebe nova denúncia de assédio sexual

Revelação foi feita em depoimento na Câmara

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As denúncias de abusos sexual e moral na Guarda Municipal ganharam mais um reforço. Depoimento prestado nesta terça-feira (dia 22 de novembro) à Comissão Especial de Inquérito (CEI) da Câmara de Santos revelou que uma guarda municipal, apontada por todos os depoentes como braço-direito do superior acusado, manteve relação sexual com um guardião-cidadão.

A revelação foi feita aos vereadores por Paulo Francisco Teixeira, que integra a corporação há 9 anos (três deles no canil). “Ela me relatou que fez sexo com ele dentro da sala de enfermagem”. De acordo com o guarda, não suportando a situação, o rapaz se desligou do programa.

Esse seria o segundo caso de assédio sexual no canil da Guarda Municipal. O primeiro, cuja denúncia publicada na imprensa motivou a criação da CEI na Câmara, teria sido praticado pelo então inspetor do posto. Da mesma forma, a vítima seria uma integrante do Programa Guardião Cidadão.

A mesma guarda municipal já era apontada por outros quatro membros da corporação que prestaram depoimento antes de Paulo, como cúmplice do superior. Segundo eles, com o respaldo do inspetor ela teria atitudes arrogantes com o grupo.

Daniel Ribeiro Flores, ex-guardião-cidadão que também prestou depoimento nesta terça-feira aos vereadores, apontou a guarda municipal como autora de assédio moral. De tanto sofrer pressão por parte dela, ele não teria concluído os dois anos de contrato previstos no programa. Segundo Daniel, a guarda não permitia que ninguém, além dela, alimentasse ou desse água para o seu cão. Se alguém fizesse, era ofendido.

 


Humilhações

Paulo confirmou as denúncias de violência, com a utilização de armas de choque e de airsoft (que não são do uso da corporação, mas ficavam guardadas no canil), e de abuso moral do superior contra seus subordinados. Segundo o depoente, os guardas eram frequentemente xingados, humilhados e ameaçados. “Eu fiquei guardando isso e descontava nos meus filhos e na minha esposa. Ninguém quer vingança. A gente quer justiça, quer trabalhar em paz”.

 


Próximo depoimento

A guardiã-cidadã que teria sido abusada sexualmente pelo então inspetor do canil será a próxima convocada pela CEI. No entanto, para preservar a identidade da suposta vítima, o depoimento será sigiloso.

A CEI pretende ainda convidar para depor o ex-guardião-cidadão que teria sido obrigado a praticar sexo com a guarda. Se concordar em colaborar com a apuração da Câmara, seu depoimento também deve ocorrer a portas fechadas.

 


Assessoria de imprensa

Câmara Santos

3211-4145