Câmara promove solene de Combate a Violência

Na ocasião, empresas e entidades foram homenageadas

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A População vive uma grande angustia frente a insegurança imposta por quadrilhas organizadas, pela violência urbana, impunidade e corrupção. A segurança pública é um direito garantido a todos os cidadãos conforme prevê a Constituição Federal e pensando nisso, Projeto de Lei de autoria do vereador Marinaldo Mongon (PDT), já sancionado pelo Executivo, institui no calendário Oficial do Município, a Semana de Combate a Violência. Para lembrar a semana, a Câmara promoveu Sessão Solene nesta terça-feira (20), às 11h, na Sala Princesa Isabel, no Paço Municipal.

Pelo Projeto, fica instituido um comitê formado por cinco integrantes que tenham sua atuação pautada em políticas de combate a violência para organizar o rol de atividades que serão desenvolvidas ao longo da semana. Na ocasião, foram homenageadas empresas e entidades que contribuiem no combate a violência, são elas: Seduc – Secretaria de Educação de Santos, Sistema A Tribuna de Comunicação, o programa Proerd da Polícia Militar, Camps, Pastoral da Criança da Diocese de Santos e Projeto Tantan.

Durante a homenagem, a Câmara de Dirigentes Logistas – CDL (Centro) entregou 600 botões de rosas brancas às pessoas que compareceram a Sala Princesa Isabel para prestigiar o evento. Em frente ao Paço Municipal, na Praça Mauá, a Prefeitura programou uma série de atividades envolvendo alunos da rede municipal de ensino.

Veja abaixo o discurso do vereador Marinaldo Mongon

Senhoras, senhores, meus amigos e meus irmãos.

Estamos aqui reunidos nesta manhã de maio de 2008, marco da Lei Municipal nº. 2481 de 21 de setembro de 2007, sancionada pelo nosso prefeito Engº. João Paulo Tavares Papa, que institui no calendário oficial de Santos a “Semana de Combate a Violência”.

Lei de minha autoria e aprovada por unanimidade na Câmara Municipal de Santos, que o senhor prefeito concede-me a honra de iniciá-la dentro do Poder Legislativo.

Hoje é um dia muito especial e gostaria de iniciar minha saudação dizendo:

“A paz do Senhor esteja conosco”.

A proposta da “Semana de Combate a Violência” está pautada na promoção, apoio e incentivos às ações sociais e políticas que contribuam para a visibilidade e a viabilidade de soluções dentro do âmbito municipal, dos fatores que levam a violência.

Dentro desta propositura, semeio um sonho que, através das diversas secretarias municipais, tais como: a da saúde, da educação, da promoção social e da segurança pública; acopladas ao Comad, Senep, Relações trabalhistas e diversas instituições não governamentais, o Poder Executivo faria um rol de atividades dentro desta semana e que seriam desenvolvidas ao longo do ano.

A celebração de parcerias com os segmentos organizados da comunidade santista para a efetivação deste objetivo, reafirmando o combate à violência como instrumento de ação governamental, intensificando a divulgação que fortaleça as ações por uma ordem social sempre pautada em formas não violentas de soluções, principalmente na formação das nossas crianças e adolescentes.

A segurança pública é um direito garantido a todos os cidadãos como o direito à vida, desde a sua concepção, à liberdade, à propriedade, entre outros, e que estão capitulados no artigo 5º da Constituição Federal.

O termo “segurança pública” arremete ao pensamento imediatista e errôneo de que as forças policiais seriam os únicos responsáveis na proteção do cidadão.

A proteção do cidadão começa com a sua formação.

Sempre acreditei que a formação de um ser humano depende de paradigmas ou de modelos que possam ser seguidos. A família e a religião constituem-se a base dessa formação, que aliadas à educação e a acessibilidade aos demais serviços, certamente mudaremos o rumo das estatísticas da violência.

Precisamos atuar em duas frentes:

1ª - Na nossa atual realidade e
2ª - Na formação das futuras gerações.

É sempre bom lembrar que 20 anos é o tempo para se formar uma geração.

Ao cidadão que não respeita as leis, as autoridades constituídas devem agir com o rigor necessário para se evitar o senso de impunidade, que também é um incentivo a violência.
 
No rol das violências devemos lembrar também dos desvios de verbas públicas, cuja impunidade reflete sobejamente na formação dos nossos jovens.

A violência é difundida e propagada em filmes, programas televisivos, desenhos infantis, vídeo games entre outros, gerando medo e trazendo doenças físicas e psíquicas.

Plagiando Luiz Alca de Sant’Anna quando referiu a que não poderíamos aceitar a banalização de ato freqüente que fere os conceitos morais sendo considerado com o termo “isso é normal”.
  
Isso não é normal! Isso é inaceitável! Isso é imoral! Isso é indecente!

Não podemos perder o senso de indignação.

Essas realidades ligadas à violência que tanto preocupa a todos, não será modificada em curto prazo e nem por decreto. É um trabalho cultural de transformação lenta e progressiva.

Diversas instituições já vêm trabalhando direta ou indiretamente no combate a violência, que precisam ser divulgadas, valorizadas e parabenizadas.

Temos hoje aqui algumas dessas instituições:

1.Polícia Militar com o PROERD, cujo trabalho já consagrado no combate às drogas, representada pelo Comandante Major Armando Bezerra Leite;

2.Círculo de Amigos do Menor Patrulheiro de Santos, o nosso querido CAMPS, cujo trabalho nestes 41 anos formou mais de 70 mil menores. Quando fazemos uma ligação telefônica ao CAMPS, somos recepcionados com a seguinte frase: “Preparando o jovem para o futuro”; representado pelo Presidente Hélcio da Silva;

3.Pastoral da criança, com um trabalho voltado a mortalidade infantil e a família, representada pela Coordenadora Diocesana Denacir Moura, que certamente fará referência ao Evangelho de João em 10/10 onde diz: “Que todos tenham vida e vida em abundância”.

4.Grupo A Tribuna, que está envolvido em diversas atividades culturais e esportivas e, em especial, com o espaço “Comunidade em Ação”, representado pelo Diretor Administrativo Financeiro Roberto Antônio da Costa.

5.Secretaria de Educação, com o inicio de uma realidade que é a “Escola Total”, representada pela Secretária de Educação Sueli Maia.

6.Associação Projeto Tamtam, com trabalho voltado a exclusão e inclusão social, representada pela Presidente Executiva Cláudia Alonso.

Abro aqui um parênteses para agradecer a Câmara dos Dirigentes Lojistas de Santos/Centro, em nome do Sr. Paulo Levi Latrova e a Câmara dos Dirigentes Lojistas Santos/Praia, em nome da Sra. Rosane Coimbra Martins Aguiar, pelos 600 botões de rosas brancas que serão distribuídos durante o evento.

Agradecer a participação com estande montado na Praça Mauá do Grupo de Escoteiros, do Canil da Guarda Municipal, do Canil da Polícia Militar, do Camps, da Seduc e da Pastoral da Criança. 

Estou convencido e creio que todos comungam do mesmo sentimento, que a forma de mudar essa realidade está na formação das nossas crianças, dando total e irrestrito apoio a instituição familiar, com o retorno do ensino religioso ecumênico nas escolas, bem como, o retorno ao atendimento preventivo médico/odontológico nas escolas, com ampliação do ensino em tempo integral, com inclusão de informática, da segunda língua e do esporte.

Senhor Presidente, autoridades, senhoras e senhores.

Hoje, motivo de muito orgulho, nossa cidade, pioneira em tantos atos, e para mim, em especial, autor da: Semana de Combate as Drogas, Dia do Nascituro, inclusão social com o Cardápio em Braile, e agora, com a Semana de Combate a Violência que, em caráter oficial será anualmente comemorada.
Agradeço a presença de todos que, pelo comparecimento, abrilhantaram a solenidade.
Paz e bem a todos. Muito obrigado.
Sala Princesa Isabel, 20 de maio de 2008.

Dr. MARINALDO MONGON
Médico/Verador/Líder do PDT na
Câmara Municipal de Santos.