Câmara planeja criar Comissão da Verdade

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Membros da Mesa Diretora da Câmara de Santos participaram de reunião com integrantes de entidades ligadas aos direitos humanos. A ideia é formar no município uma Comissão da Verdade para apurar os atos na região durante o período da ditadura militar.

No encontro, Ivan Seixas, coordenador da Comissão da Verdade da Assembleia Legislativa do Estado, ficou encarregado de explicar ao presidente da Câmara, Manoel Constantino (PMDB) e aos vereadores Benedito Furtado (PSB) e Sadao Nakai (PSDB), primeiro e segundo secretários respectivamente, como o grupo funciona em São Paulo.

“Nós recebemos as denúncias e apuramos. Também temos parcerias com universidades que têm pesquisas que podem contribuir com o trabalho”. No final da apuração, todo o material registrado resultará em documento com conclusão e encaminhamentos.

Na opinião de Ivan, no resgate da história e da verdade o papel do Legislativo é importantíssimo, já que é este o Poder que tem melhor condição de dialogar com a sociedade. Para auxiliar na formação de uma Comissão da Verdade Municipal, ele entregou ao presidente da Câmara de Santos o modelo da resolução aprovada na Assembleia Legislativa do Estado.

Ao receber o documento, Constantino disse que a busca pela verdade “é uma luta de todos nós brasileiros” e se comprometeu, junto com os outros integrantes da Mesa Diretora, a preparar uma resolução para a criação da Comissão em Santos. No entanto, por ser final de legislatura, disse que a constituição do grupo será muito difícil neste ano. Mas, a partir de 2013, com a nova formação da Câmara, será possível colocar a ideia em prática.

 


Presentes

Também estiveram presentes na reunião representantes do Centro de Direitos Humanos Irmã Maria Dolores, da Apeoesp, do Fórum da Cidadania, da Fundação Arquivo e Memória e do Sindilimpeza.

 


Homenagem

A noite, durante a sessão ordinária, o médico e professor emérito da Faculdade de Medicina da Cornell University, Dr. Thomas Maack, foi homenageado pelo vereador Marcus de Rosis (PMDB), que entregou ao profissional uma placa.

Thomas Maack foi uma das vítimas da ditadura militar e ficou detido no navio-prisão Raul Soares. Enquanto esteve preso na embarcação ajudou a salvar muitas vidas. Durante o discurso emocionado, o médico agradeceu o reconhecimento e disse que considera “a homenagem coletiva a todos os prisioneiros do Raul Soares e suas famílias”. Apesar da emoção, Thomas Maack deixou um recado claro à Comissão Nacional da Verdade: na apuração dos fatos é preciso dar ênfase aos anos inicias da ditadura e “achar a verdade para evitar repetições no futuro”.

 


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Câmara Santos

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