Câmara entrega Diploma a Carlos Gaggini

Homenagem ocorreu no aniversário da Cidade

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No dia 26 de janeiro, aniversário da Cidade de Santos, a Câmara Municipal homenageou com a entrega do Diploma de Gratidão o presidente da FEMCO e Assessor Jurídico da Presidência da Cosipa, Carlos Gaggini. A entrega ocorreu durante sessão solene e foi presidida pelo presidente da Casa, Marcus de Rosis, tendo como orador, o vereador Sadao Nakai. O prefeito João Paulo Tavares Papa também participou da homenagem, assim como os secretários de governo, autoridades militares, além dos depuatdos estaduais, Bruno Covas e Fausto Figueira. Papa destacou no seu discurso, que o atual secretariado vem se empenhando ao máximo para impulsionar o desenvolvimento da Cidade.

Quanto ao homenageado, Gaggini é jornalista e advogado e se destaca como sendo um grande entusiasta e defensor dos Direitos da Criança e do Adolescente da região. Conselheiro Titular dos Conselhos de Direitos da Criança e do Adolescente de Santos e de Cubatão, Gaggini lutou pela criação da Rede Metropolitana dos CMDCA’s e colaborou intensamente com a divulgação da Campanha Destinação Criança, tendo publicado diversos artigos sobre o tema no Jornal A Tribuna, entre outras ações.

O Vereador Braz Antunes Mattos Neto, autor do Decreto Legislativo que outorga o Diploma de Gratidão anualmente à personalidades que tenham prestado relevantes serviços à comunidade e contribuído para o desenvolvimento do município, fez a entrega do diploma e o discurso de saudação. “O Gaggini é um grande profissional, acima de tudo. Lutou e luta muito pela Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente na Região da Baixada Santista e representa com extrema competência a Cosipa, que é a empresa que mais colabora com a campanha Destinação Criança”, destaca o Vereador. “Ele merece esse reconhecimento do município”.

A seguir, o discurso do vereador Sadao Nakai:

Exmo Prefeito Municipal de Santos, Sr. João Paulo Tavares Papa, Exmo Presidente da Câmara Municipal de Santos, Marcus Vinicius Gomes de Rosis, nobres vereadores, deputados Bruno Covas e  Fausto Figueira, Exmo  Tenente-Coronel Armando Bezerra Leite, Capitão de Mar-e-Guerra Afrânio de Paiva Moreira Jr., Delegado Rosier Pereira Jorge, Dr. Carlos Gaggini, Srs. secretários de Governo, sras e srs.

Esta é a terceira vez que ocupo esta Tribuna. A primeira, para receber a medalha de Braz Cubas em nome do Estrela de Ouro. A segunda, para falar em nome da Associação Japonesa de Santos, em Comemoração ao Centenário da Imigração. E hoje, com muito orgulho, para saudar este povo no aniversário de 463 anos da fundação desta Vila chamada Santos.

“...Enquanto existir enquanto, eu quero viver nesta terra, nesta Santos querida, que é linda no sol e na chuva, na terça e no domingo, no Gonzaga e no Jabaquara, eu quero amar esta terra enquanto não me tirarem as forças do verso para cantar a poesia que a sua gente escreve nas ruas, nos escritórios, nas praias, nos morros.
Enquanto existir enquanto, eu quero amar enquanto posso, posso amar enquanto quero”.

Com este verso do Dr. Edmon Atik expresso o amor do povo santista à nossa cidade. Povo que construiu a nossa história com luta, trabalho, com caridade e liberdade.

Se temos o primeiro hospital deste País, a Santa Casa de Misericórdia, foram os recursos do povo desta terra que proporcionaram a sua construção.

Nosso povo, no movimento abolicionista, foi altaneiro, declarou a abolição dois anos antes da Lei Áurea. E passamos a nos orgulhar de ensinar para a Pátria a caridade e a liberdade.

Filhos ilustres desta Vila sempre se destacaram na história nacional e até mundial. Podemos citar o eterno José Bonifácio de Andrada e Silva, considerado um “libertador da América”, um “consolidador da Independência” e um “Herói da Pátria”. Bartolomeu de Gusmão, o nosso “padre aviador” e sua memorável “conquista do ar”. Cesário Bastos, o primeiro presidente desta Câmara, criador do primeiro grupo escolar desta Cidade e idealizador das avenidas Ana Costa e Conselheiro Nébias. Plínio Marcos, uma lenda do Teatro brasileiro e da cultura brasileira, além de tantos outros que estão perpetuados em nomes de ruas, praças e monumentos de Santos.

Gostaria de homenagear também as filhas desta terra. Nos livros, nas placas, nas avenidas pouco se registra destas personagens ímpares em contribuições, no passado e no presente, na construção desta Cidade. E para não faltar nomes citarei uma mulher que não nasceu em Santos, mas veio para cá com um mês de idade. É paulistana, mas com o coração e a alma santista. Tem até o título de Cidadã Santista concedido pelo ex-vereador Matsutaro Uehara, o saudoso Tarô. Trata-se de Lydia Federici.

Como o sentimento por Santos era intenso, Lydia montou uma árvore de Natal na praia, para que todos pudessem demonstrar o apreço por esta terra e para que os necessitados tivessem um Natal mais feliz. Em uma de suas crônicas, ela dizia: "A luzinha diria do amor devotado a esta Cidade de paz. Testemunharia a fé que temos em Deus. Mas faltava o detalhe final. Fazer com que, da colocação alugada de cada lâmpada, restasse o tostão capaz de provar, a uma das obras sociais da Cidade, que Santos, além de ser terra da liberdade, como muitas vezes o provara na grande história do Brasil, era também a terra da caridade".
 
Dentre sua trajetória de vida, Lydia sempre exaltou o esporte e a qualidade de vida. Um dos legados que esta cidadã deixou para a nossa Cidade, ressalto a formação do grupo de andarilhos do Enguaguaçu, que incentivou um hábito dos santistas: caminhar.

E quem caminha pelas areias santistas, da Ponta da Praia ao José Menino, se depara com o maior jardim do mundo, com os edifícios tortos e com o Emissário Submarino, obra de grande controvérsia e reflexo do antagonismo dos tempos.

Este Emissário, que nos separa de São Vicente, é palco de grandes transformações, brigas judiciais e celeiro de discussões. Abraçado pela comunidade dos surfistas, o Emissário ressurge a cada dia. E hoje, ao adentrarmos no Emissário Submarino para inaugurar o Parque Roberto Mario Santini, o prefeito João Paulo Tavares Papa encerra um conflito que perdurou 30 anos, entregando uma grande obra para o povo santista.

E nosso Prefeito tem estrela. Como bom navegador ele deve se guiar pelas estrelas do céu para ouvir o rumo certo de nossa embarcação.
 
“Conta uma história que quatro estrelas pediram a Deus para descerem a Terra e conhecerem o povo que tanto as admiravam. Depois de algum tempo, três delas retornaram e Deus perguntou: por que vocês voltaram? As estrelas responderam: ah! nesta terra há muita discórdia, vaidade, egoísmo, desigualdade, fome, sofrimento... não dá para ficar! Mas e a estrela verde, por que não voltou? Ah, a estrela verde da esperança quer viver por lá e convencer as pessoas. Dizem que depois deste dia, comovido, Deus colocou uma estrela verde no coração de cada ser humano”.

No coração do povo desta Cidade, a cada 4 anos,  a esperança retumba. Santos deposita a esperança em cada um de nós, agentes públicos eleitos pelo processo democrático. Temos o compromisso de construir o futuro desta cidade para os filhos de nossos filhos, proporcionando desenvolvimento econômico e justiça social, pleitos tão desejados pelos cidadãos.

Nossa responsabilidade é impar neste momento de desenvolvimento. A expansão do porto, a exploração de gás e petróleo, os reflexos em investimentos de infra-estrutura e a capacitação dos trabalhadores são temas pontuais que necessitam da nossa atuação e representação perante a sociedade.

Gostaria de ressaltar também a atuação do governo do Estado à nossa região. Questões como a melhoria do transporte público metropolitano através do VLT, a construção do túnel ligando Santos a Guarujá e as obras do Rodoanel Mario Covas são ações que, com certeza, visam o desenvolvimento e a estruturação de nossa Cidade. 

Antes de finalizar, agradeço ao presidente desta Casa, vereador Marcus Vinicius de Rosis, pela oportunidade de ocupar esta Tribuna e fazer esta saudação. Ao Prefeito Municipal, João Paulo Tavares Papa, pelo empenho e dedicação para a concretização da visita do príncipe-herdeiro do Japão (Naruhito) à cidade e pela edificação da obra da artista plástica, Tomie Othake. 

Encerrando, como manda meu coração e a cultura que carrego, quero expressar minha homenagem aos ausentes, ao povo que ajudou a construir esta cidade e não mais convive conosco.

CRER – de Luis Antonio Gasparetto.
“Então eu estou aqui
E você também
Me permita ser o seu espelho esta noite
E cantar em mim o teu encanto
Tua estranheza e teu espanto
Como quem sabe no fundo
Que não há distância neste mundo
Pois somos uma só alma
Me permita ser esta noite
A voz que te canta e te encanta
de si
Que te faz sentir-se e parar
Como quem volta pra casa e
resolve se amar
Somos livres e não possuímos
as pessoas
Temos apenas o amor por elas
e nada mais
E é preciso ter coragem para
ser o que somos sustentar
uma chama no corpo sem deixar
a luz se apagar
É preciso recomeçar no caminho
que vai para dentro
vencendo o medo imaginado
assegurar-se no inesperado
confiando no invisível
desprezando o perecível
na busca de si mesmo
Ser o capitão da nau
no mais terrível vendaval
na conquista de um novo mundo
mergulhar bem fundo
para encontrar nosso ser real
E rir pois tudo é brincadeira
Que cada drama é só nosso
modo de ver
A vida só está nos mostrando
Aquilo que estamos criando
Com nosso poder de crer”