Audiência sobre a dragagem foi de alto nível

Debate abordou fatores econômicos e ambientais

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A vereadora Telma de Souza, líder do PT, considerou de alto nível a audiência pública promovida por ela, por meio da Comissão de Assuntos Portuários do Legislativo que tem como presidente o vereador Manoel Constantino (PMDB), líder do Governo na Câmara e que presidiu os trabalhos. A audiência que tratou sobre a dragagem de aprofundamento do Porto de Santos, ocorreu no dia (13/11/09). Reuniu técnicos e empresários que discorreram sobre o tema e esclareceram questões ambientais e econômicas. Também participaram da audiência o secretário de Assuntos Portuários de Santos e presidente do Conselho de Autoridade Portuária – CAP, Sérgio Aquino, Alexandra Sofia Grota, superintendente de Meio Ambiente da Codesp, além do vereador que compõem a comissão interna da Câmara, Fábio Alexandre Nunes (PSB).

Para Telma, a audiência foi importante por tirar dúvidas do público presente. “Agradeço aos nossos convidados, que realizaram um diálogo de altíssimo nível. Acho que não pairam mais dúvidas sobre a segurança ambiental da obra e as repercussões quanto à mudança no perfil do Porto de Santos, que ganha condições de ser um pólo concentrador de cargas”, afirmou Telma, vice-presidente da Comissão de Assuntos Portuários.

Representando o governo federal, o subsecretário de Planejamento e Desenvolvimento Portuário da Secretaria Especial de Portos – SEP, Fabrízio Pierdomênico, afirmou que não há o menor sentido em se dizer que existe perigo de que a lama dragada possa retornar às praias. Ele discorreu sobre os critérios técnicos e afirmou que tudo está sendo feito para que se tenha o controle absoluto do que está sendo dragado e onde está sendo depositado. “Isto é georreferenciado. Nós vamos saber com precisão cirúrgica o que está sendo dragado, qual a região, onde está sendo depositado e qual o impacto disso no meio ambiente. Isso vai ser monitorado 24 horas por dia”, afirmou.

Segundo ele, o ponto mais próximo para deposição do material dragado fica a 18 km do continente. “O raio de dispersão, a pluma, é de 6 km na direção nordeste no inverno, para fora, e inferior a 1,5 km em direção sudoeste, no verão. A sociedade pode ficar absolutamente tranquila”, disse.

Hub Port - Do lado empresarial, Gustavo Costa, gerente de Operações da Aliança - Hamburg Süd em Santos, focou sua palestra no funcionamento do porto como concentrador de cargas (hub port). Em um grupo que há dez anos atua na cabotagem, a navegação costeira, ele afirmou que Santos já opera hoje com esta característica. “Para nós, Santos já é concentrador de cargas. É hoje e pode ser no futuro”, disse. Considerando que outros portos também estão sendo dragados, ele listou as vantagens de Santos e os diferenciais, como por exemplo, a existência de grandes volumes de cargas.

A vereadora Telma quis saber sobre o impacto da mudança sobre os terminais médios e pequenos. Segundo Costa, estes, atuarão em nichos de mercado, se especializarão na cabotagem ou serão agregados a outros maiores. Fazendo coro a Pierdomênico, afirmou que não se define um hub port por decreto ou vontade do governo, e sim pelo mercado. Costa falou ainda sobre as vantagens ambientais da cabotagem, que permite a retirada de caminhões das estradas, com redução das emissões de poluentes. “Hoje, Santos é o principal porto da cabotagem no Brasil e o que define isso é a existência de carga e a existência de infraestrutura portuária e logística”, declarou.

Satisfeita com a riqueza de informações, Telma pontuou sobre a importância de se transmitir os dados à população. “Temos a obrigação de fazer com que as informações sejam passadas adiante. É para isso que existe esta comissão da Câmara de Vereadores. Realmente, tivemos um debate de altíssimo nível”, finalizou.

Também participaram da audiência o secretário de Assuntos Portuários de Santos e presidente do Conselho de Autoridade Portuária – CAP, Sérgio Aquino, Alexandra Sofia Grota, superintendente de Meio Ambiente da Codesp, além dos vereadores que compõem a comissão interna da Câmara, Manoel Constantino (PMDB), presidente e Fábio Alexandre Nunes (PSB).