Ato em homenagem a Vladimir Herzog

Câmara de Santos realiza nesta sexta-feira, a partir das 19 horas, na Sala Princesa Isabel, um ato público para lembrar os 30 anos da morte do jornalista Vladimir Herzog, torturado e assassinado nas dependências do DOI-CODI em São Paulo durante um dos períodos mais turbulentos do regime militar.

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O ato será realizado pela Comissão de Direitos Humanos do Legislativo santista, a pedido do vereador Benedito Furtado (PSB). Devem participar da cerimônia representantes dos partidos políticos, estudantes e sindicalistas que vivenciaram aqueles momentos. Convite especial foi endereçado ao Sindicato dos Jornalistas Profissionais, Regional de Santos, que também se incorporou à homenagem.

Vladimir Herzog morreu no dia 25 de outubro de 1975, nas dependências do DOI-CODI, em São Paulo. Vlado, como costumava ser chamado, era ligado ao PCB e na época diretor de jornalismo da TV Cultura. A farsa que se montou para ocultar o crime e a reação instantânea da sociedade brasileira, liderada pela imprensa e intelectuais, deram início à abertura do regime militar e ao restabelecimento da democracia no Brasil.

Ao solicitar a homenagem, Furtado disse que Vlado e o operário Manoel Fiel Filho, morto três meses depois em circunstâncias semelhantes, representaram “o libelo da razão e da justiça e transformaram-se no clamor que abafou as ordens de comando daqueles que achavam poder tudo — inclusive tirar a vida de seus semelhantes”.

Para o vereador, a morte de Vlado, embora estúpida, não foi em vão: “Seu corpo inerte e as fotos da farsa montada para fazer crer num suposto suicídio por enforcamento correram o Brasil e o mundo e sacudiram a consciência dos brasileiros que se recusavam a acreditar nos desmandos e na crueldade da chamada linha dura do regime autoritário”.

“Foi a partir daí que os anos de chumbo começaram a mudar”, observa Furtado.

Ele pediu a realização do ato sob a justificativa de que o sacrifício do jornalista não deve ficar apenas no passado como um ato lamentável de nosso registro histórico, “mas ser constantemente lembrado, avivando em nossas mentes o princípio sagrado de que o preço da liberdade é a eterna vigilância”.

“Vladimir Herzog pode ser considerado, sem sombra de dúvida, um dos mártires na luta pela redemocratização do país”, concluiu.

Vereador Benedito Furtado (PSB)
Gabinete: Rua XV de Novembro, 103 – 1º andar – sala 2 – Santos
Fones: 0xx13 3211-4118 e 3211-4173 –
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