O assistente legislativo da Câmara Municipal Osmar Garcia Gache foi um dos 30 servidores municipais homenageados nesta terça-feira, 28 de outubro, Dia do Servidor Público, em cerimônia realizada na Sala Princesa Isabel do Paço Municipal.
A homenagem foi organizada pelo Programa de Promoção à Saúde e Qualidade de Vida do Servidor Municipal (ComViver) e contou com a presença do prefeito Rogério Santos (Republicanos), além de secretários municipais e vereadores.
Os 30 homenageados foram escolhidos pelos órgãos municipais dentre os mais de 11 mil funcionários que compõem a administração e o Legislativo.
Recordações
Osmar Garcia Gache trabalha há 38 anos e seis meses na Câmara Municipal de Santos. Como parte da equipe de apoio à Mesa Diretora, Osmar faz a digitação dos trabalhos legislativos e cuida da tramitação dos processos, entre outras tarefas."Sinto-me lisonjeado e acho que fiz jus a esse reconhecimento tanto quanto outros que também estão aí há muito tempo", disse o servidor.
Ele lembra que já trabalhava na Câmara quando a estrutura do legislativo santista se distribuía por várias salas alugadas no centro da cidade. As sessões eram realizadas na Sala Princesa Isabel.
Osmar ajudou os vereadores que fizeram a Lei Orgânica do Município e se recorda de ter visto de perto votações tensas, inclusive com esquemas de segurança para conter manifestações violentas do público.
Foi o caso de um projeto que proibia o chamado "chiqueirinho" nos ônibus, aprovado por quase unanimidade em 1986. A população estava revoltada contra o equipamento que obrigava o usuário a pagar a passagem logo na entrada dos veículos. Houve também dias de protesto de estivadores, que estavam em greve e vinham à Câmara pedir o apoio às suas reivindicações.
Outra lembrança é a da eleição do "Zé Macaco", personagem folclórico das ruas de Santos que chegou a ser campeão de votos no município. Era a época do "voto cacareco", quando a população usava as cédulas eleitorais para manifestar protesto e sátira.
"Houve ocasião em que trabalhamos até 30 de dezembro, por causa de sessões extraordinárias", conta Osmar. Tendo chefiado a seção de autógrafos da Câmara Municipal na época das pesadas máquinas de escrever, ele testemunhou o aparecimento incessante de novidades tecnológicas no trabalho. "Fomos nos adaptando até chegarmos a essa era de inteligência artificial e dos recursos que existem hoje", afirma.
*Fotos: Francisco Arrais / PMS