Abusos sexual e moral na Guarda: depoimento é adiado

Guardiã-cidadã não compareceu na Câmara

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O depoimento da guardiã-cidadã que acusa o ex-inspetor do canil da Guarda Municipal de assédio sexual, marcado para esta sexta-feira (dia 25 de novembro), foi adiado. A jovem, que conversaria com os vereadores da Comissão Especial de Inquérito (CEI) instaurada para apurar denúncias de abuso na corporação, não compareceu na Câmara de Santos.

Ninguém conseguiu falar com a suposta vítima. Nem mesmo o seu advogado, Leonardo Peres Martins.“Até ontem ela falou que vinha. Hoje eu tentei contato, mas ela não atende”.

Um colega da guardiã-cidadã levaria a jovem até a Câmara. No entanto, ele ficou aguardando a moça, que não apareceu no horário combinado. Para o advogado, a ausência pode estar relacionada com uma entrevista da jovem a uma emissora de tv. Mesmo sem mostrar o rosto e com a voz distorcida, ela teria sido reconhecida, e “achou que ficou exposta”.

Segundo o vereador Reinaldo Martins (PT), que preside a CEI, uma nova data para o depoimento da guardiã-cidadã será marcada. “Nós fizemos gestões com o advogado dela, para que ela compareça e deponha em sigilo”.

Apesar da ausência da jovem, Reinaldo diz que a investigação da CEI não será prejudicada. “Do ponto de vista da violência, a denúncia mais grave é a dela. Por isso é importante. Isso não quer dizer que as outras denúncias não sejam graves. Do ponto de vista do serviço público, as demais acusações são bastante graves e devem levar a sanções administrativas deste funcionário”.

Além da denúncia de abuso sexual, o ex-inspetor do canil é acusado por guardas municipais de assédio moral. Em todos os depoimentos realizados pela CEI até agora (foram ouvidos cinco guardas e um guardião-cidadão) os relatos de episódios de violência, incluindo a utilização de armas de choque e de airsoft, e de humilhações foram confirmados.

Por isso, o acusado e uma guarda municipal, apontada como braço-direito do inspetor, serão os próximos a depor na CEI. A guarda, além de ser acusada de assédio moral, teria mantido relação sexual com um guardião-cidadão, o que seria o segundo caso de assédio sexual no canil da Guarda Municipal.

Os depoimentos, marcados para a próxima semana, devem ocorrer a portas fechadas e sem a presença da imprensa.


Assessoria de Imprensa

Câmara Santos

3211-4145