Câmara homenageia carteiros de Santos

Homenagem aconteceu na Sala Princesa Isabel.

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A Câmara Municipal de Santos homenageou, nesta sexta-feira, o “Dia do Carteiro”. A solenidade cumpre resolução n º 93 de 22 de abril de 2004, de autoria do vereador Carlos Mantovani Calejon.

A profissão de carteiro, que começou a funcionar no Brasil no período da Regência, no século XIX, atualmente, conta com mais de 47.176 carteiros. A tarefa de entregar correspondências, que antigamente era exercida somente por homens, hoje é realizada também por muitas mulheres.

Em Santos, o serviço de entrega de correspondência a domicílio existe desde o 21 de dezembro de 1844.
 
Durante o evento, alguns carteiros da nossa cidade foram condecorados com medalhas. 


Confira a íntegra do discurso:

Autoridades presentes, senhoras e senhores,

Boa Noite.

Nesta noite esta Casa de Leis homenageará, com uma medalha especialmente criada para esta ocasião, todos os carteiros da cidade de Santos, nas pessoas dos funcionários Carlito José dos Santos, José Luiz Conrado, Nelson Francisco, Luis Alves do Espírito Santo, Bernardo Ribeiro e Antônio de Pádua Fernandes. 

Antes da homenagem propriamente dita, vamos conhecer um pouco da história dos correios de Santos: 

Até o final do século XVIII, não existia em Santos nenhum serviço regular de correios, quer marítimos ou terrestres, fato que prejudicava não só os interesses locais, como os de toda a Capitania de São Paulo, concorrendo para a decadência progressiva de todas as atividades de produão, pela falta de comunicaão entre o interior paulista e a praça santista com o seu porto.

O estabelecimento do serviço de correios na Capitania de São Paulo foi terminantemente proibido por Ordem Régia de D. João V, no tempo em que Antonio da Silveira  Caldeira era a Capitão-General da Capitania.

Depois de várias tentativas de estabelecimento do serviço de correios na Capitania, foi no reinado de D. Maria I, sob a Regência do seu filho, D. João, que por Alvará de 20 de janeiro de 1798, ficou instituído – em caráter permanente – um serviço postal entre a Metrópole e o resto do Brasil. 

O correio da Capital a Santos foi inaugurado em 27 de julho de 1798.  A correspondência devia seguir por via marítima de Santos até o Rio de Janeiro.  Entretanto, o Governador Antônio Manuel de Mello Castro estava empenhado em instalar um outro que fosse por terra, de São Paulo ao Rio de Janeiro, de modo a facilitar as comunicaões entre o interior paulista e os principais portos, nos quais se achavam embarcaões para levar a correspondência recebida destinada à Metrópole.

O serviço de entrega de correspondência a domicílio, em Santos, foi iniciado a 21 de dezembro de 1844. Embora o quadro de carteiros já se encontrasse instituído desde 29 de novembro de 1842, só começou a funcionar com a vigência desse regulamento.

No começo do século passado, o correio santista estava localizado na Praça Rui Barbosa, onde funcionou até a inauguraão do seu prédio próprio, em 30 de novembro de 1924, localizado na Praça Mauá, entre as ruas D. Pedro II e Augusto Severo, onde funciona ainda hoje.

A 20 de março de 1969, foi criada a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos – ECT -, em substituião ao antigo Departamento de Correios e Telégrafos – DCT –, do Ministério da Viaão.

Atualmente na cidade de Santos são entregues diariamente, em média, 200.000 objetos por dia (encomendas, cartas, telegramas, etc.), por um efetivo de cerca de 200 carteiros.

Essa alta qualidade de serviços prestados pelos Correios à populaão deve-se, em grande parte, sem nenhuma dúvida, aos carteiros de Santos, hoje aqui representados pelo Carlito, pelo José Luiz, pelo Nelson, pelo Luiz Alves, pelo Bernardo e pelo Antônio. Cada um desses carteiros representa os colegas de cada uma das unidades distribuidoras dentro da cidade. E a eles, prestamos essa merecida homenagem.

Muito obrigado.