A sessão solene, presidida pelo vereador Geonísio Prereira de Aguiar (PMDB), reuniu as principais autoridades militares da Baixada Santista, além de representantes da Maçonaria, Sindicato dos Empregados na Administração Portuária e Codesp, além do deputado estadual Fausto Figueira e de familiares do homenageado.
Emocionado, o vereador Benedito Furtado iniciou seu discurso ressaltando a história de vida do homenageado. “Minha família, assim como a do tenente coronel, também veio do Nordeste tentar a vida em São Paulo. Edinaldo conseguiu vencer os obstáculos e as dificuldades impostas pela vida e hoje é um exemplo de profissional bem-sucedido”.
O tenente coronel atuou em diversas unidades da PM, nos postos de segundo-tenente a major, e exerceu as funções de comandante de pelotão de policiamento a pé, motorizado e de choque, de companhia de policiamento, chefe de seções de estado maior de batalhões, instrutor de cursos de formação de soldados e cabos.
Foi subcomandante e comandante interino nas unidades do 6º BPM/I Santos, 3º Batalhão de Polícia Ambiental Guarujá, 6º BPM/M São Bernardo do Campo, 17º BPM/M Mogi das Cruzes, 32º BPM/M Suzano, 29º BPM/I Mongaguá e 39º BPM/I São Vicente. O homenageado da noite também foi agraciado com a Medalha de Valor Militar, em prata, pelos mais de 20 anos de bons serviços, láurea de mérito pessoal em quarto grau, medalha do Centenário do 6º BPMI e a do cinquentenário do policiamento ambiental, além de ter sigo agraciado com o Diploma Amigo do 2º Batalhão de Caçadores, "Batalhão Martim Afonso", unidade onde prestou serviço militar, em 1976. O tenente coronel também participa de atividades sociais e benemerentes no âmbito civil, destacando-se o Grupo Espírita André Luiz e a Loja Irmãos e Amigos.
Saudação do Vereador Benedito Furtado (PSB) ao Tenente Coronel Edinaldo Cirino dos Santos
Senhor Presidente,
Senhoras e Senhores.
A saga da família Cirino dos Santos, vinda do Nordeste para tentar vida melhor em São Paulo, é praticamente igual à de milhões de retirantes que, durante décadas, fizeram percursos semelhantes.
Em 1951, seu Antônio Cirino dos Santos saiu de Carmópolis, Sergipe, onde deixou a mulher, Maura de Jesus Santos, e dois filhos: Edirani, 2 anos, e Everandi, de 1, para procurar emprego no mais rico Estado brasileiro. O patriarca escolheu Santos como destino e aqui chegou disposto a arranjar uma boa colocação.
Seu Antônio se inscreveu na Companhia City de Santos, que explorava o serviço de bondes na cidade, e aguardou meses sem ser chamado.
Não agüentou viver longe da família e voltou para dona Maura e seus dois meninos. Em menos de um ano, porém, um comunicado mudou completamente suas vidas: a City convocou o sonhador sergipano para o cargo de ajudante geral.