Câmara entrega Medalha do Carteiro a seis profissionais

A integração dos carteiros na vida da comunidade e a importância do trabalho que executam foram destacados pelo vereador Carlos Mantovani Calejon (PTB), que na noite de 24 de setembro prestou homenagem a seis profissionais que atuam em Santos, durante Sessão Solene realizada na Sala Princesa Isabel.

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         A cerimônia comemorou o Dia do Carteiro e culminou com a outorga de medalha especialmente confeccionada para a data. Receberam a comenda José Eronildes Pereira dos Santos, José Paschoal dos Santos, Nelson Francisco, Edison Antonio Silva, Severino José do Nascimento e Adélia de Freitas.

        Mantovani, que também presidiu a solenidade, ressaltou que o carteiro é o mensageiro do amor e do carinho. “Até as notícias ruins nos chegam com o carinho desses profissionais”. De acordo com o vereador, nem sempre a comunidade reconhece o valor da atuação desses profissionais. “E muitas vezes nem mesmo vocês avaliam o quanto são importantes para a sociedade”.

Ele lembrou que, inicialmente, pretendia homenagear os funcionários que atuavam há mais de 25 anos em Santos e surpreendeu-se ao saber que o número era superior a 20. “Fomos obrigados a reduzir esse total e chegamos a seis, todos com mais de 20 anos de bons serviços prestados à sociedade”.

Falando em nome de aproximadamente 4 mil funcionários da Empresa Brasileira de Correios, o presidente do sindicato da categoria (Sintect), Francisco José Nunes, conhecido como Kiko, frisou que os profissionais, cumprindo seu ofício até a pé, em barcos e outros meios de transporte não-usuais, “honram a camisa que vestem”. Ele destacou a existência de um funcionário tão dedicado que há 50 anos trabalha na agência central dos Correios em Santos.

A solenidade contou com a participação do Quarteto da Camerata Heitor Villa-Lobos, que executou Valsa da Suíte Mascarada e Malagueña, e com a presença de familiares e companheiros dos homenageados, além de autoridades da região.

 

 Saudação do Vereador Carlos Mantovani Calejon

 

Autoridades presentes, senhoras e senhores, boa noite.

 

 

Nesta noite esta Casa de Leis homenageará, com uma medalha especialmente criada para esta ocasião, todos os carteiros da cidade de Santos, nas pessoas dos funcionários Adélia de Freitas, José Eronildes Pereira dos Santos, Edison Antonio da Silva, Nelson Francisco, José Paschoal dos Santos e Severino José do Nascimento.

 

Antes da homenagem propriamente dita, vamos conhecer um pouco da história dos correios de Santos:

 

Até o final do século XVIII, não existia em Santos nenhum serviço regular de correios, quer marítimos ou terrestres, fato que prejudicava não só os interesses locais, como os de toda a Capitania de São Paulo, concorrendo para a decadência progressiva de todas as atividades de produção, pela falta de comunicação entre o interior paulista e a praça santista com o seu porto.

 

O estabelecimento do serviço de correios na Capitania de São Paulo foi terminantemente proibido por Ordem Régia de D. João V, no tempo em que Antonio da Silveira  Caldeira era a Capitão-General da Capitania.

 

Depois de várias tentativas de estabelecimento do serviço de correios na Capitania, foi no reinado de D. Maria I, sob a Regência do seu filho, D. João, que por Alvará de 20 de janeiro de 1798, ficou instituído – em caráter permanente – um serviço postal entre a Metrópole e o resto do Brasil.

 

O correio da Capital a Santos foi inaugurado em 27 de julho de 1798.  A correspondência devia seguir por via marítima de Santos até o Rio de Janeiro.  Entretanto, o Governador Antônio Manuel de Mello Castro estava empenhado em instalar um outro que fosse por terra, de São Paulo ao Rio de Janeiro, de modo a facilitar as comunicações entre o interior paulista e os principais portos, nos quais se achavam embarcações para levar a correspondência recebida destinada à Metrópole.

 

O serviço de entrega de correspondência a domicílio, em Santos, foi iniciado a 21 de dezembro de 1844. Embora o quadro de carteiros já se encontrasse instituído desde 29 de novembro de 1842, só começou a funcionar com a vigência desse regulamento.

 

No começo do século passado, o correio santista estava localizado na Praça Rui Barbosa, onde funcionou até a inauguração do seu prédio próprio, em 30 de novembro de 1924, localizado na Praça Mauá, entre as ruas D. Pedro II e Augusto Severo, onde funciona ainda hoje.

 

A 20 de março de 1969, foi criada a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos – ECT -, em substituição ao antigo Departamento de Correios e Telégrafos – DCT –, do Ministério da Viação.

 

Atualmente na cidade de Santos são entregues diariamente, em média, 200.000 objetos por dia (encomendas, cartas, telegramas, etc.), por um efetivo de cerca de 200 carteiros.

 

Essa alta qualidade de serviços prestados pelos Correios à população deve-se, em grande parte, sem nenhuma dúvida, aos carteiros de Santos, hoje aqui representados pela Adélia, pelo José Eronildes, pelo Edison, pelo Nelson, pelo José Paschoal e pelo Severino. Cada um desses carteiros representa os colegas de cada uma das unidades distribuidoras dentro da cidade. E a eles, prestamos essa merecida homenagem.

 

Muito obrigado.

 

                                Carlos Mantovani Calejon

                                                      Vereador