Diocese de Santos recebe homenagem por seus 80 anos

A importância da evangelização e a necessidade de propagar a mensagem de Cristo na sociedade atual, marcada por dificuldades e desafios das mais diferentes naturezas, foram destacadas pelo bispo diocesano D. Jacyr Francisco Braido, que na noite de 22 de setembro recebeu da Câmara Municipal de Santos Placa em homenagem aos 80 anos de criação da Diocese de Santos. A homenagem foi proposta pelo vereador Odair Gonzalez (PP).

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        Para o bispo, é necessário força e vitalidade para promover as transformações hoje exigidas pela comunidade. “Precisamos olhar o presente e ver o futuro, apostando nas grandes realizações propostas pelo Evangelho, pois só ele é capaz de realizar mudanças e a renovação da sociedade”. D. Jacyr frisou que a Diocese quer a evolução da Igreja em Santos: “A Igreja evangelizadora participa do crescimento e olha para o futuro com o coração destemido. Vamos, todos, construir uma nova história e uma nova humanidade”.

Recuando na história, Odair Gonzalez lembrou que a ação da Diocese de Santos começou, na verdade, na época do Descobrimento do Brasil, quando se estabeleceram no litoral os primeiros religiosos vindos de Portugal. O vereador destacou ainda que a presença e a atuação da Igreja foram decisivas para forjar a identidade nacional e até para configurar geograficamente o território, estabelecendo fronteiras em sangrentas guerras em nome da soberania, inicialmente portuguesa e, finalmente, brasileira. “A bem da verdade, a memória desta Nação começou a ser escrita pela Igreja, pois até a Proclamação da República todos os registros oficiais dos indivíduos eram arquivados nas dioceses e paróquias. Não havia outro serviço de identificação, a não ser os registros eclesiais”. 

Odair Gonzalez lembrou também os exemplos de inserção e participação da Diocese na comunidade, como a cartilha Vamos falar de política, lançada no dia anterior (21 de setembro), durante reunião com 28 dos 37 candidatos às prefeituras das nove cidades que integram a Região Metropolitana da Baixada Santista. “Em uma demonstração inequívoca de liderança e de conhecimento da realidade, tanto local como nacional, D. Jacyr Braido elencou, nesse encontro, os principais problemas sociais, promoveu aprofundada análise crítica e advertiu os políticos sobre as conseqüências de seus atos, crítica que também recaiu sobre parte do eleitorado, por décadas habituado a utilizar o voto como instrumento de barganha para benefícios pessoais”.

Para a vereadora Suely Morgado (PT), que presidiu a Sessão Solene, "a Diocese é o Evangelho vivo, que ensina os cristãos a serem mais humanos, mais solidários e a trabalhar pelo coletivo". Participaram também da cerimônia o vereador Geonísio Pereira de Aguiar (PMDB) e diversas autoridades civis e religiosas. O Coral Madrigal, sob a regência de Sandra Moço, interpretou Mulher Rendeira, do folclore cearense; Nervos de Aço, de Lupicínio Rodrigues, e Tico-tico. Após a solenidade, houve confraternização no Salão dos Vereadores.

                 Pronunciamento do vereador Odair Gonzalez

Sustentáculo da fé e fonte permanente que alimenta a esperança em nossos corações; braços abertos, dimensionando o tamanho do amor expresso nas várias vertentes de sua missão evangelizadora, a Diocese de Santos, que este ano completa 80 anos de existência, funde sua história com a da Igreja Católica no Brasil e da própria colonização das novas terras descobertas por Portugal. À Igreja, aliás, cabe o mérito e a responsabilidade de ter servido como suporte, ao longo de cinco séculos, para a própria organização da estrutura política do País.

 

Uma análise, mesmo que superficial, da história brasileira sinaliza que a presença e a atuação da Igreja foram decisivas para forjar a identidade nacional e até para configurar geograficamente o território. Fronteiras defendidas em sangrentas guerras em nome da soberania, inicialmente portuguesa e finalmente, brasileira.

 

A bem da verdade, a memória desta Nação começou a ser escrita pela Igreja, pois até a Proclamação da República todos os registros oficiais dos indivíduos eram arquivados nas dioceses e paróquias. Não havia outro serviço de identificação, a não ser os registros eclesiais. 

 

Os historiadores são unânimes em apontar a criação da Diocese de Santos como fato culminante no processo de catolização das regiões brasílicas. História que tem início na Portugal dos Descobrimentos, país incumbido pelo Papa, muito antes de 1500, da evangelização das terras descobertas ou por descobrir. Estava, pois, estabelecido o regime do padroado, concedido desde 1456 à Ordem de Cristo, tendo por grão-mestre o Infante D. Henrique, o Navegador.

Leia o pronunciamento na íntegra...