A Sessão Solene, realizada na Sala Princesa Isabel, foi presidida por Odair Gonzalez (PP) e contou com a presença dos vereadores Augusto Zago (PSDB) e Marinaldo Mongon (PDT), ambos médicos, além de profissionais da Sociedade Portuguesa de Beneficência e de autoridades da região.  

Constantino frisou que a atenção do Dr. Pessoa - como é mais conhecido - aos mais carentes já era de conhecimento dos moradores do Recife, capital pernambucana onde nasceu. “Com 11 irmãos consangüíneos e outros três de criação, Pessoa morava em uma grande casa localizada na saída de um bairro muito carente, onde nenhum necessitado que batia à porta saía sem ser atendido por seus pais, cuja benemerência marcou a vida de toda a família”.

Curiosamente, prosseguiu o vereador, Dr. Pessoa formou-se inicialmente em veterinária, seguindo depois sua verdadeira vocação, a partir da análise da realidade que presenciava diariamente. Em 1961, ele veio a Santos visitar um irmão e acabou transferindo-se para a Cidade. Especializado em oncologia, fundou, com colegas, os hospitais Osvaldo Cruz, de Cubatão, e Santa Rita, de Itanhaém, assim como a primeira enfermaria de oncologia da Beneficência Portuguesa e o primeiro serviço de Medicina Nuclear da Baixada Santista. “Mas em nenhum momento ele deixou de atender e de levar conforto às pessoas carentes de Vila Esperança, em Cubatão, e Humaitá, em São Vicente”, prosseguiu Constantino, frisando que, mesmo aposentado, ele continua estudando, sendo mestrando de Saúde Pública da UniSantos.

Bastante emocionado ao ver tantos amigos no plenário, “pessoas que fizeram do amor ao próximo a essência de suas vidas”, Alberto Pessoa comentou desconhecer a razão da homenagem. “Não acho que tenho maior mérito que outros profissionais”, confidenciou, acrescentando ser impossível àqueles que professam a Medicina ficar impassível frente às dores de um povo sofrido, vítima das grandes  desigualdades sociais ainda existentes no País.

Cumprimentando Constantino pela feliz iniciativa de homenagear o médico, Odair Gonzalez, presidente da Câmara, diz ter descoberto, a partir de 95, quando exerceu, durante quatro anos, o cargo de vice-presidente da Sociedade Portuguesa de Beneficência, além do profissional dedicado, a grande figura humana de Alberto Pessoa. “Ele ampliou o exemplo que lhe foi dado pelos pais e acabou por escrever uma das mais belas páginas da história de Cubatão”. O tecladista Jayme Augusto responsabilizou-se pela parte musical e, após a solenidade, os convidados participaram de confraternização.